O número foi divulgado nesta segunda-feira (28) pela Rádio Pública Nacional (NPR, na sigla em ingês), com base em duas fontes do jornal "com conhecimento dos assuntos internos". Nos EUA é comum que um veículo endosse uma candidatura.
A perda reportada de assinaturas é considerada, de acordo com a AP, como um golpe para um veículo de notícias que já enfrenta dificuldades financeiras.
O Post tinha mais de 2,5 milhões de assinantes no ano passado, a maior parte deles digitais, tornando-se o terceiro dos EUA, atrás do The New York Times e do Wall Street Journal. Porta-voz do Post, Olivia Peterson, foi procurada pela agência, mas não comentou o relatório.
A equipe editorial do Post havia preparado um endosse à candidatura da democrata Kamala Harris antes de anunciar, na sexta-feira (25), que deixaria para que os leitores formassem suas próprias opiniões.
A decisão, a menos de duas semanas do Dia da Eleição, marcada para 5 de novembro, levou críticos a questionar se o proprietário do Post e fundador da Amazon, Jeff Bezos, estava preocupado com uma possível retaliação do republicano Donald Trump caso ele fosse eleito presidente.
Alguns jornalistas, incluindo o colunista do Post Dana Milbank, pediram aos leitores que não expressassem sua raiva pela decisão cancelando assinaturas, temendo que isso pudesse custar o emprego de repórteres ou editores.
A decisão do Post se deu dias depois de o Los Angeles Times também anunciar que não apoiaria um candidato na disputa. Depois, o jornal reconheceu que a decisão custou milhares de assinaturas perdidas.
Um artigo no site do Post sobre as consequências de não endossar a candidatura à Presidência teve mais de 2 mil comentários, muitos deles de leitores dizendo que estavam cancelando a assinatura.
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