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10 erros que MATAM o seu PC gamer aos poucos e você faz sem perceber

PCs gamers são projetados para rodar jogos exigentes e, por isso, demandam cuidados específicos para garantir alto desempenho e preservar a durabilidade dos componentes. Por isso, erros como não verificar a compatibilidade das peças na montagem, ignorar temperaturas, usar configurações gráficas acima do limite da GPU, deixar de fazer manutenções periódicas e aplicar overclock sem conhecimento comprometem o funcionamento da máquina ao longo do tempo.

Algumas dessas falhas afetam diretamente o desempenho, causando travamentos e perda gradual de performance, enquanto outras reduzem a vida útil do computador, geram danos internos e podem resultar na necessidade de reparos ou até na troca de componentes caros. A seguir, confira dez erros que matam seu PC gamer aos poucos.

 Divulgação/Freepik PC gamer completo — Foto: Divulgação/Freepik

É importante que o usuário tenha cuidados desde a escolha dos componentes até o uso diário do PC, garantindo compatibilidade, ventilação adequada, alimentação estável e bom gerenciamento do armazenamento. Confira abaixo os tópicos abordados na lista.

  1. Não verificar a compatibilidade das peças ao montar
  2. Usar fonte bomba achando que “qualquer uma serve”
  3. Ignorar temperaturas e jogar com CPU/GPU fritando
  4. Deixar poeira virar uma manta térmica dentro do gabinete
  5. Instalar tudo no SSD sem olhar espaço livre mínimo
  6. Comprar gabinete bonito, mas sem fluxo de ar
  7. Ligar o PC em extensão de R$ 10 sem proteção nenhuma
  8. Uso contínuo em ambientes muito quentes ou úmidos
  9. Usar configurações gráficas além do que a GPU aguenta
  10. Não saber usar overclock

1. Não verificar a compatibilidade das peças ao montar

Um dos principais erros cometidos por gamers é não verificar a compatibilidade das peças na hora de montar o PC. Por exemplo, quando a placa-mãe não é compatível com a CPU, seja por usar um soquete com pinagem diferente ou por não oferecer suporte à geração específica do processador, o computador pode simplesmente não inicializar. O mesmo acontece com a memória RAM: módulos incompatíveis com o padrão aceito pela placa-mãe, como tentar instalar DDR4 em um sistema projetado apenas para DDR5 (ou vice-versa), impedem o funcionamento e podem até causar danos físicos aos componentes.

 Marcos Vinícius Pereira / TechTudo — Foto: Marcos Vinícius Pereira / TechTudo

A melhor recomendação para evitar o problema é sempre verificar as especificações oficiais de cada componente antes da compra. Comece pelo processador: confira o soquete e a geração da CPU e escolha uma placa-mãe que ofereça suporte a ambos. Em seguida, verifique no site do fabricante da placa-mãe quais tipos de memória RAM ela aceita, e assim em diante. O usuário também pode recorrer a sites especializados em simular montagens de PCs, como o Part Picker, que permitem verificar a compatibilidade de forma mais simples e prática.

2. Usar fonte bomba achando que “qualquer uma serve”

A fonte é um dos componentes mais subestimados na montagem de um PC gamer. Muitos iniciantes tentam economizar nela para investir em outras peças, ignorando que a fonte é o “coração” do sistema, responsável por fornecer energia estável ao computador. Modelos genéricos costumam entregar menos potência que o prometido e geralmente não têm proteção contra curto-circuito, sobrecorrente ou superaquecimento, o que pode causar desde travamentos e oscilações de tela até a queima de outros componentes.

 Divulgação/Corsair Fonte da Corsair é suficiente para colocar o PC para funcionar com segurança — Foto: Divulgação/Corsair

O ideal é escolher fontes com certificação 80 Plus Bronze ou Gold de marcas conhecidas, como Corsair, Seasonic e EVGA. Esse padrão garante que pelo menos 80% da energia retirada da tomada seja convertida em energia útil para o computador, com o restante dissipado como calor, resultando em mais economia, menos aquecimento e maior estabilidade do sistema. Também é recomendável optar por uma fonte com cerca de 30% de margem acima da potência calculada, garantindo folga para picos de consumo e futuros upgrades.

3. Ignorar temperaturas e jogar com CPU/GPU fritando

Não dar atenção às altas temperaturas da CPU e da GPU durante a sessão de jogos pode causar uma série de problemas. O calor excessivo faz os componentes reduzirem automaticamente o desempenho (thermal throttling), resultando em quedas bruscas de FPS, travamentos e lentidão geral. Além disso, operar constantemente no limite térmico acelera o desgaste interno dos chips, resseca a pasta térmica e reduz a eficiência dos coolers.

 Reprodução/Reddit — Foto: Reprodução/Reddit

Antes de tudo, vale lembrar que, durante os jogos, a CPU não deve ultrapassar cerca de 80 °C e a GPU não deve passar dos 85 °C. Se esses limites forem excedidos, é preciso verificar fatores como a temperatura ambiente, a eficiência do sistema de resfriamento e se o jogo não está exigindo mais do que o hardware pode suportar. Para acompanhar o calor do PC em tempo real, ferramentas como o HWInfo permitem monitorar temperaturas, cargas e velocidades dos coolers, facilitando a identificação de problemas.

4. Deixar poeira virar uma manta térmica dentro do gabinete

Falando em calor excessivo, deixar a poeira acumular dentro do gabinete é um dos erros mais silenciosos e prejudiciais para um PC gamer. Como o computador funciona como um verdadeiro ímã de poeira, é preciso evitar que a sujeira forme uma “manta térmica”, que prejudica a circulação de ar, reduz a eficiência dos coolers e faz as temperaturas da CPU, GPU e outros componentes dispararem. Como consequência, o sistema sofre quedas de desempenho, travamentos e desgaste acelerado das peças.

 Reprodução/Daniel Ribeiro — Foto: Reprodução/Daniel Ribeiro

Para não ter esse problema, o usuário pode fazer limpezas leves com mais frequência, como remover o pó das grades do gabinete. Em intervalos maiores, é recomendável uma limpeza mais profunda feita por um profissional, que consegue desmontar o equipamento com segurança, aplicar pasta térmica nova, higienizar os coolers e verificar o estado geral dos componentes.

5. Instalar tudo no SSD sem olhar espaço livre mínimo

IInstalar arquivos e programas no SSD sem manter uma margem de espaço livre é um erro que prejudica diretamente o desempenho do computador. Alguns fabricantes, como a Kingston, recomendam deixar pelo menos 20% de espaço livre, principalmente se o sistema operacional estiver instalado na unidade. Quando o drive está muito cheio, ele perde velocidade, pois tem menos blocos disponíveis para organizar e gravar dados, resultando em lentidão, travamentos, carregamentos demorados e falhas em atualizações.

 Reprodução/Kingston — Foto: Reprodução/Kingston

Para resolver o problema de um SSD constantemente cheio, o primeiro passo é fazer limpezas periódicas, removendo arquivos temporários, programas que você não usa mais e jogos instalados apenas “por comodidade”. Além disso, usar serviços de nuvem para armazenar fotos, documentos e arquivos pesados ajuda a aliviar a carga do SSD principal.

Se, mesmo após otimizar o armazenamento, o espaço continuar insuficiente, a solução mais definitiva é investir em um SSD ou HD extra. Isso permite separar o sistema operacional e programas essenciais de jogos e arquivos maiores, melhorando a organização e garantindo desempenho superior.

6. Comprar gabinete bonito, mas sem fluxo de ar

De nada adianta escolher um gabinete bonito, cheio de luzes RGB e design chamativo, se ele não oferece entradas e saídas de ar suficientes, espaço para ventoinhas ou uma boa organização interna para circulação. Sem um sistema de ventilação adequado, componentes essenciais podem superaquecer, reduzindo drasticamente o desempenho, principalmente durante as sessões de jogos. Por isso, mais do que a aparência, vale observar se o modelo realmente cumpre a função de resfriamento.

 Felipe Alencar/TechTudo — Foto: Felipe Alencar/TechTudo

Gabinetes com frontal em mesh, por exemplo, costumam permitir muito mais fluxo de ar do que modelos totalmente fechados. Ainda, é importante montar um sistema de ventoinhas compatível com o nível de calor que o PC pode gerar durante os jogos.

7. Ligar o PC em extensão de R$ 10 sem proteção nenhuma

Ligar o PC em uma extensão barata é outro risco comum entre quem monta um computador gamer. Modelos simples, geralmente comprados por valores baixos, não têm filtro de linha nem materiais de qualidade capazes de suportar picos de energia. Isso coloca o equipamento em perigo em casos de queda de luz, variação de tensão ou curto na rede, já que a extensão não oferece nenhuma proteção para impedir que a carga chegue diretamente a componentes caros, como placa-mãe, GPU e SSD.

 Reprodução/Redes Sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Para driblar esse risco, o ideal é trocar extensões baratas por equipamentos projetados para proteger o PC gamer. A primeira opção é um filtro de linha de qualidade, que possui componentes internos capazes de impedir que variações de energia cheguem diretamente ao computador. Uma solução ainda mais completa é usar um nobreak (UPS), que além de filtrar a energia, mantém o PC ligado em caso de queda de luz, evitando desligamentos bruscos.

8. Uso contínuo em ambientes muito quentes ou úmidos

Como já mencionamos, controlar a temperatura é fundamental para o desempenho e a saúde de um PC gamer. Nesse sentido, usar o computador continuamente em ambientes muito quentes ou úmidos pode ser bastante prejudicial: o calor excessivo dificulta a dissipação térmica, fazendo os componentes trabalharem perto do limite, enquanto a umidade pode favorecer oxidação, corrosão e até curtos-circuitos em partes sensíveis.

 Getty Images/Katrin Ray — Foto: Getty Images/Katrin Ray

Em localidades nas quais essas condições climáticas são comuns, é importante controlar o uso do equipamento e considerar investir em soluções que ajudem a manter o ambiente adequado, como um ar-condicionado, que além de manter a temperatura mais amena, reduz gradualmente a umidade do ar. Se a compra do aparelho não for viável, é possível combinar ventiladores e desumidificadores para criar condições mais favoráveis ao funcionamento do PC gamer.

9.Usar configurações gráficas além do que a GPU aguenta

Forçar configurações gráficas acima do que a GPU consegue suportar sobrecarrega o hardware e prejudica o desempenho. Por exemplo, tentar rodar jogos em 4K, usar texturas em Ultra ou ativar recursos pesados como Ray Tracing em placas de entrada causa quedas bruscas de FPS, travamentos e superaquecimento, já que esses modelos não têm potência ou VRAM suficiente para lidar com essas demandas.

A melhor forma de resolver esse problema é ajustar as configurações gráficas para um nível compatível com a sua GPU. Comece reduzindo a resolução para 1080p (ou 720p, se necessário), abaixe texturas para Médio ou Alto em placas com pouca VRAM e desative efeitos pesados como Ray Tracing ou sombras em Ultra. Consultar o site da fabricante e benchmarks ajuda a saber com mais precisão quais configurações sua placa consegue rodar com estabilidade.

10. Não saber usar overclock

O overclock é uma forma de aumentar manualmente a velocidade de operação de componentes como CPU e GPU além das configurações de fábrica. Quando feito corretamente, pode deixar os jogos mais fluidos, reduzir quedas de desempenho, aumentar o FPS e proporcionar uma experiência geral mais responsiva e satisfatória. Além disso, oferece uma vantagem para quem domina o procedimento, permitindo extrair desempenho extra sem precisar investir imediatamente em novos componentes.

 Filipe Garrett/TechTudo) Overclock permite acelerar o processador — Foto: Overclock permite acelerar o processador Broadcom da placa (Foto: Filipe Garrett/TechTudo)

De forma resumida, o overclock é feito ajustando manualmente a frequência de operação da CPU e da GPU, geralmente pelo BIOS/UEFI ou por softwares específicos, como o MSI Afterburner. Para garantir segurança, é fundamental aumentar os valores gradualmente, monitorar constantemente as temperaturas e realizar testes de estabilidade com programas como Prime95 ou FurMark. Também é essencial ter um bom sistema de refrigeração e respeitar os limites recomendados pelo fabricante, evitando sobrecarga, superaquecimento e desgaste prematuro do hardware, enquanto se aproveita desempenho extra nos jogos.

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