7 alimentos para NUNCA congelar — e o jeito certo de guardar cada um

Congelar ovos crus com a casca não é uma boa ideia: o líquido interno se expande e pode rachar a casca, deixando o ovo exposto a bactérias e tornando-o inseguro para consumo. O mesmo pode acontecer, em menor grau, com ovos cozidos ainda com casca.

Se realmente precisar congelar, retire a casca e bata levemente as gemas e claras juntas (ou separadas), guardando em potes herméticos com a data. Ovos frescos, por sua vez, devem ficar na geladeira, de preferência na parte interna e não na porta.

Verduras de folhas finas, como alface, couve, cheiro-verde, agrião ou rúcula, têm muita água em suas células. Quando congeladas, essas folhas formam cristais de gelo que rompem sua estrutura. Ao descongelar, a textura geralmente fica murcha, encharcada ou amassada, bem diferente do frescor que esperamos em saladas ou preparos crus.

Para armazenar do jeito certo, folhas para salada como alface e rúcula devem ficar na gaveta de legumes da geladeira, secas e envoltas em papel toalha. Já folhas para cozinhar, como couve, e o cheiro-verde podem ser picados e branqueados, ou seja, cozidos rapidamente em água fervente e depois resfriados em água gelada, antes de serem congelados. Nesse caso, a textura será boa apenas para refogados, sopas ou sucos.

Queijos com alto teor de umidade e gordura podem sofrer separação de componentes ao serem congelados e descongelados. Isso deixa a massa arenosa ou granulada, fazendo com que percam a suavidade e a cremosidade características.

Queijos em potes, como ricota e cottage, devem ser bem vedados e mantidos na geladeira. Já queijos como muçarela, prato ou meia cura, depois de abertos, podem ser conservados na geladeira por até quatro dias.

Assim como as folhas, frutas com alto teor de água (acima de 90%, como laranja, limão, mexerica, melancia ou tomate) têm sua estrutura celular rompida pelo gelo. Isso resulta em um produto molenga e sem forma após o descongelamento, totalmente inadequado para consumo in natura ou em saladas. Por isso, deixe essas frutas em temperatura ambiente até amadurecerem e, depois, guarde-as na geladeira para prolongar a vida útil. Se for usá-las em sucos, vitaminas, sopas ou receitas que envolvam calor, é possível congelar a polpa ou pedaços sem problemas.

Pratos à base de gelatina, como gelatinas prontas, mousses e sobremesas geladas, perdem consistência quando congelados, porque a estrutura que mantém a gelificação se destrói. Ao descongelar, costumam ficar líquidas ou com textura aguada, comprometendo o resultado das sobremesas. Portanto, apenas mantenha-os resfriados na geladeira, em recipiente fechado, por até uma semana.

A batata crua tem muita água e amido, e quando é congelada, essa combinação muda de textura. Assim, depois de descongelar e cozinhar, ela pode ficar borrachuda e perder o sabor. Nesse sentido, o ideal é guardá-las em um lugar fresco, seco e escuro, nunca na geladeira. Já se for congelar, é preciso pré-cozinhar ou pré-fritar.

Maionese e outros molhos cremosos são classificados como emulsões, que são combinações estáveis de ingredientes que, normalmente, não se misturam (como óleo e água). O congelamento desestabiliza essa estrutura delicada, fazendo com que a emulsão se separe; o resultado é um molho coalhado com textura e sabor desagradáveis ao descongelar. Molhos mais encorpados ou aqueles à base de amido, como cremes e molhos brancos, também perdem sua integridade estrutural, ficando aguados e com a textura significativamente alterada após o descongelamento. Por essa razão, o melhor é manter esses produtos refrigerados após a abertura e consumi-los dentro do prazo de validade estipulado pelo fabricante.

*Com informações da Freezing and Food Safety (USDA), Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e rosycheeked.com