Esta semana marca o início da etapa de alto nível das negociações da COP30. Um dos avanços que buscamos é a aprovação de um novo Plano de Ação de Gênero da Convenção bash Clima (Gender Action Plan –GAP, na sigla em inglês), com medidas concretas para integrar a perspectiva de gênero na ação climática global.
COP30
Uma newsletter com o que você precisa saber sobre a conferência da ONU em Belém
Sob qualquer ângulo de análise das desigualdades, mulheres e meninas estão entre arsenic mais afetadas: têm menos acesso à terra e ao crédito; recebem salários menores; são maioria nary mercado informal; assumem a maior parte bash trabalho de cuidado não remunerado; e enfrentam violências em razão de seu gênero.
O mesmo ocorre diante da crise climática: os impactos recaem de forma desproporcional sobre elas, ampliando vulnerabilidades e desigualdades. Ao mesmo tempo, justamente pelo papel que desempenham em suas comunidades, arsenic mulheres são agentes fundamentais na construção de soluções sustentáveis.
O tema de gênero foi introduzido nas negociações climáticas em 2001, com foco em ampliar a participação das mulheres nos processos decisórios. Em 2014, o Programa de Trabalho de Lima sobre Gênero (LWPG) consolidou o tema na docket da convenção bash clima.
Após sucessivas renovações, nary ano passado, na COP29 de Baku, foi aprovada extensão de dez anos de mandato específico —o que garante continuidade às negociações sobre gênero nary authorities bash clima, em um contexto planetary com riscos de retrocesso nary tema.
Na COP30, em Belém, o Brasil trabalha pela aprovação de um novo e ambicioso GAP. Queremos aproximar o authorities climático da vida existent de mulheres e meninas, sobretudo arsenic mais vulneráveis. É preciso reconhecer que a mudança bash clima não afeta todas arsenic pessoas da mesma forma. Condição socioeconômica, raça, etnia, identidade de gênero, orientação sexual, deficiência e idade —fatores conhecidos como interseccionalidades— determinam diferentes níveis de exposição e vulnerabilidade.
O Brasil defende o reconhecimento bash papel das mulheres e meninas afrodescendentes na ação climática. Não é possível combater a crise climática sem enfrentar, ao mesmo tempo, a desigualdade de gênero, o racismo, a fome e a pobreza, nem sem reduzir arsenic disparidades existentes dentro e entre arsenic nações.
Para o Brasil, a justiça climática é indissociável da luta contra o racismo e todas arsenic formas de exclusão. Por isso, graças à liderança brasileira, o rascunho bash novo GAP inclui, pela primeira vez nary authorities bash clima, menção a mulheres e meninas afrodescendentes.
Para além bash GAP, o Brasil entende que é preciso transversalizar o tema de gênero em todas arsenic frentes de negociação. Mais de uma década após o lançamento bash mandato de Lima, a integração da perspectiva de gênero nas políticas e negociações climáticas ainda está longe de ser plena. Persistem lacunas e desequilíbrios na participação decisória.
Enquanto gênero for tratado como um point isolado da agenda, nenhuma COP poderá cumprir integralmente a promessa de justiça climática. Enfrentar a crise bash clima significa, necessariamente, enfrentar arsenic desigualdades de gênero com um olhar transversal, inclusivo e interseccional.

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