O repórter Lauro Jardim revelou no último dia 7 que a Polícia Federal encontrou na papelada do Banco Master um contrato de honorários do escritório da advogada Viviane Barci de Moraes.
Dois dias depois, a repórter Malu Gaspar deu detalhes do negócio:
O contrato entre o escritório da doutora Viviane e o banco do doutor Daniel Vorcaro previa uma remuneração total de R$ 129 milhões ao longo de 36 meses. Isso daria o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais, e uma mensagem capturada pela PF indica que o doutor Vorcaro instruiu sua tesouraria a dar prioridade aos pagamentos ao escritório.
A banca da doutora Viviane atuou em pelo menos um caso, com uma equipe de dez advogados, entre os quais estavam seu filho e sua filha.
Viviane Barci de Moraes é a mulher do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O pagamento mensal de R$ 3,6 milhões estoura o teto da remuneração de uma banca de advogados.
A equipe de Malu Gaspar procurou o escritório da doutora, representantes do banco e o próprio ministro Alexandre de Moraes. Silêncio total.
Em maio de 2024, o banco Master custeou uma farofa londrina que incluía um painel enfeitado pelo ex-primeiro ministro Tony Blair, um farofeiro cosmopolita. O ministro Alexandre de Moraes esteve em painéis do evento.
Em outubro, o Tribunal de Contas da União estranhava uma operação de compra de papéis do Master pela Caixa Asset, e a repórter Consuelo Dieguez expunha "os negócios de alta tensão de um banco". Estava tudo lá, o Master pagava acima do mercado com seus papéis, e a conta iria para o Fundo Garantidor de Crédito.
À época, Vorcaro desafiava:
"Dizer que o banco está alavancado porque emite muito CDB? Isso é gente sem informação. É só o cara ligar para o Banco Central e perguntar. Eu não tenho nada a temer."
O silêncio dos interessados desperdiçou uma oportunidade de esclarecer os detalhes da relação da banca da doutora Viviane com o banco do doutor Vorcaro.
Fachin e seu código
Os ministros do STF que detestam a ideia de um código de conduta, defendido pelo presidente da corte, Edson Fachin, não perceberam que estão numa armadilha.
Se Fachin conseguir colocar de pé um código de conduta para seus pares, entra para a história do STF.
Se ele não conseguir, também entra, deixando seus adversários numa posição delicada, até porque a ideia do código de conduta dos ministros continuará na pauta dos contribuintes que pagam pelas farofas y otras cositas más.
Até agora sabe-se que o código é defendido, além de Fachin, pela ministra Cármen Lúcia.

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12 horas atrás
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