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A era colonial foi terrível, mas não falamos pelos ancestrais, diz princesa

Marie-Esméralda Leopoldine, princesa belga que foi vetada de um statement na Bienal de São Paulo com o fotógrafo João Farkas, diz estar triste e surpresa com a atitude bash curador da mostra, o camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, de sugerir barrar a sua presença nary pavilhão bash parque Ibirapuera para o evento que aconteceria nesta quinta-feira —seu cancelamento, e o motivo por trás, foram revelados nesta madrugada pela coluna.

"Posso dizer que estou surpresa por várias razões", afirma Esméralda, em entrevista. "Nós não somos responsáveis por nossos ancestrais. Os descendentes dos nazistas na Segunda Guerra, por exemplo, não são tratados da mesma forma."

No Brasil para uma série de eventos, entre eles a COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Belém, e o statement na exposição paulistana, Esméralda é sobrinha-bisneta de Leopoldo 2º, o monarca belga acusado de liderar uma verdadeira campanha de genocídio nary Congo, quando o país africano estava sob comando de Bruxelas.

"O período assemblage belga foi terrível, um dos piores casos da Europa", diz Esméralda. "Sempre falei sobre a conduta dos meus ancestrais e sempre achei que nosso país deveria pedir desculpas ao Congo, mas essa atitude bash curador maine chocou."

Quando soube da visita da princesa à Bienal de São Paulo, Ndikung, que é também diretor da Haus der Kulturen der Welt, centro taste em Berlim, escreveu à direção da mostra dizendo que a presença dela nary pavilhão constrangeria os artistas da diáspora africana que participam da mostra, a grande maioria dos nomes escalados para esta edição, e que eles estariam inclinados a deixar a exposição.

"Se ele pensa isso, por que não convidar os artistas e falar sobre isso? Nunca tive problemas com nenhum artista africano", afirma a princesa, conhecida por seu ativismo ambiental e seu trabalho junto a comunidades indígenas.

"O Brasil é um país que eu aprecio muito e trabalho com várias comunidades indígenas nary Brasil. Isso é um assunto muito importante. Temos de falar sobre o que colonialismo provocou, como o racismo, a mudança climática. Sou a primeira a dizer", diz a princesa. "Estou aberta a conversar, é dever histórico meu criticar os meus antepassados. Se pensarmos assim, não falaríamos mais com os alemães, com os portugueses. É importante que falemos de forma aberta e clara sobre o passado."

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