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‘Acho que a energia masculina é boa e a cultura corporativa estava fugindo dela’, diz Mark Zuckerberg

“Isso [o programa de checagem de fatos está destruindo tanta confiança, especialmente nos Estados Unidos, com este programa. Nos anos mais recentes passei a pensar que deveríamos mudar o programa”, disse Zuckerberg.

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O CEO apontou para a pandemia de Covid-19 como divisor de águas, quando preferia manter publicadas informações sobre efeitos colaterais das vacinas. “A administração Biden nos pressionou muito para apagar conteúdos, que eram, honestamente, verdadeiros”, disse o executivo.

Em outro momento, Mark Zuckerberg comenta que acha a sociedade muito culturalmente neutra. Para o executivo, falta “energia masculina” e ele associou os benefícios da agressividade dos treinos de luta estilo MMA e Jiu-jítsu com “saber que posso matar uma pessoa” em alguns ambientes, incluindo em empresas.

"Energia masculina, eu acho que é boa, e obviamente a sociedade tem bastante disso, mas acho que a cultura corporativa estava realmente tentando se afastar disso", comentou. “Acho que tudo isso é bom. Mas acho que a cultura corporativa meio que se inclinou para ser essa coisa um pouco mais neutra”, disse Zuckerberg no podcast.

“Se você é uma mulher entrando em uma empresa, provavelmente sente que é muito masculina. Não há energia suficiente que você possa naturalmente ter”, complementou o CEO da Meta, sobre a chamada “energia masculina”.

Ao anunciar o fim do programa de checagem de fatos, Zuckerberg disse que os moderadores independentes, que exerciam essa função, são "muito tendenciosos politicamente".

Mas, os checadores não tinham poder de derrubar conteúdo, apenas sinalizavam o que consideravam potencialmente falso para a plataforma, segundo Yasmin Curzi, pesquisadora do Karsh Institute of Democracy da Universidade de Virgínia (EUA).

Os checadores atuam a partir de uma série de critérios, como identificação de fatos e dados oficiais, eles são essenciais para reduzir o grau de incerteza das ações de verificação e moderação da plataforma, argumenta Helena Martins, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante da Coalizão Direitos na Rede.

Além disso, como o programa de checagem de fatos funcionava através de organizações externas à Meta, ele tinha um papel essencial de possibilitar uma governança mais democrática, plural dos e transparente dos conteúdos, segundo Clara Iglesias Keller, líder de pesquisa em tecnologia, poder e dominação no Instituto Weizenbaum, na Alemanha.

Mudanças anunciadas pela Meta:

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