"Os números são ruins, mas notícias geram expectativa nas ações", analisou William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenues. Segundo o analista, o mercado está apostando que, com Musk mais focado na Tesla e com os planos de robotáxis e robôs humanoides destacados pela companhia em seu balanço no primeiro trimestre, a companhia possa voltar a entregar crescimento. No acumulado do ano, no entanto, as ações ainda acumulam uma queda de quase 40%.
Como o envolvimento de Musk com o governo Trump prejudica a empresa
Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação, não acredita que essa crise na Tesla seja de curto prazo. Na avaliação de Igreja, a aproximação do bilionário com o presidente dos EUA tem custado caro à Tesla.
"Musk é CEO da Tesla, da SpaceX, do X e faz tempo que os acionistas cobram Musk pela falta de foco na empresa. Agora ele faz parte do governo e isso está se agravando. O pessoal começa a se perguntar o seguinte: será que a Tesla não é uma empresa em crise e com o CEO que mal dá atenção para ela?", afirma Guerra.
Tesla é alvo de um sentimento "anti-Musk". O CEO da big tech tem sido alvo de críticas por envolvimento em movimentos conservadores em outros países — como sua aparição em um vídeo do partido de direita radical Alternativa para a Alemanha (AfD), em janeiro. Essas ações vêm despertando reações negativas do público: protestos foram registrados em concessionárias da Tesla nos EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Portugal.
Veículos foram vandalizados e lojas incendiadas. "Ele é visto como símbolo do conservadorismo e da polarização, o que afasta o público progressista. Muita gente comprava Tesla por ser uma marca associada à inovação, ao progresso e à sustentabilidade. Musk brigou com sua base de consumidores mais fiéis", afirma o especialista.
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