21 novembro 2024, 18:21 -03
Atualizado Há 49 minutos
Logo após o comunicado da Polícia Federal (PF) sobre o indiciamento, o New York Times noticiou que "as acusações aumentam drasticamente os problemas legais de Bolsonaro e destacam a extensão do que as autoridades chamaram de uma tentativa organizada de subverter a democracia do Brasil".
O jornal americano lembrou que mais de um ano antes das eleições de 2022, "Bolsonaro começou a semear em alto e bom som dúvidas infundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas do país, alertando que ele poderia ser derrotado apenas se elas fossem fraudadas a favor de seu oponente".
O New York Times também comparou os protestos golpistas de 8 de janeiro a "um episódio que lembra o ataque ao Capitólio dos EUA", quando, em janeiro de 2021, apoiadores de Trump se reuniram em Washington D.C para protestar contra o resultado eleitoral.
O jornal espanhol El País noticiou que "ao longo do seu mandato, Bolsonaro abraçou um discurso que flertava repetidamente com a ameaça de ruptura democrática".
Na reportagem sobre o indiciamento, o jornal também lembrou que Bolsonaro "chegou a proclamar que desobedeceria ao juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, além de insultá-lo, e, em outubro de 2023, recusou-se a reconhecer a vitória eleitoral de Lula".
Na França, o Le Monde noticiou o caso, incluindo o pronunciamento do ex-presidente em sua conta no X, tendo como alvo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
"Jair Bolsonaro acusou o juiz de agir fora “da lei”. O juiz Alexandre de Moraes “faz tudo o que a lei não manda”, escreveu o ex-presidente no X".
A rede americana CNN publicou a notícia lembrando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu as eleições de 2022 "por pouco" e que, em seguida, "os apoiadores de Bolsonaro rejeitaram os resultados e revoltaram-se na capital Brasília, invadindo prédios do governo em 8 de janeiro de 2023".
A mesma informação foi lembrada pela rede Al Jazeera, que publicou a notícia sobre o indiciamento de Bolsonaro dizendo também que seus apoiadores ficaram "irritados" com o resultado das eleições.
O também britânico The Guardian publicou uma reportagem lembrando também sobre o atentado a bomba ocorrido na semana passada em Brasília. "Lula está no poder, mas a ameaça de direita radical à sua administração permanece", publicou o jornal.
A publicação também menciona os demais indiciados. "A lista contém um nome não brasileiro: o de Fernando Cerimedo, um guru argentino de marketing digital que foi responsável pelas comunicações do presidente da Argentina, Javier Milei, durante a campanha presidencial de 2023 do país. Cerimedo, que mora em Buenos Aires, é próximo de Bolsonaro e seus filhos políticos."
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