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Adidas e Puma: briga entre irmãos nazistas dividiu cidade alemã por décadas

No Dia Mundial da Paz daquele ano, as empresas promoveram um jogo de futebol em Herzogenaurach, e os jogadores eram os próprios funcionários. O evento, considerado "histórico" pelas companhias, teve como capitães dos times os CEOs à época, Herbert Hainer (Adidas) e Jochen Zeitz (Puma), e a participação de 700 funcionários de ambos os grupos. "Em apoio à iniciativa de paz Peace One Day, as duas empresas de artigos esportivos enviaram um sinal divertido e único de cooperação amigável", diz o comunicado oficial do evento.

O uniforme usado pelos jogadores tinha como logotipo as três listras da Adidas e o felino saltitante da Puma. A coleção limitada de 80 peças foi leiloada para a Peace One Day. "O aperto de mão simbólico da Adidas e da Puma ajudou a conscientizar sobre o Dia Mundial da Paz e a necessidade da não violência e do cessar-fogo", diz o comunicado.

Hoje, as duas empresas coexistem de forma harmônica em Herzogenaurach. Adidas e Puma se firmaram como duas das principais fornecedoras de itens esportivos mundialmente. O valor de mercado, no entanto, representa uma grande diferença entre as companhias: enquanto a Adidas vale quase 34 bilhões de euros (cerca de R$ 216,5 bilhões, conforme cotação atual), a Puma vale pouco mais de 3 bilhões de euros (R$ 19 bilhões), segundo a Bloomberg.

A história dos irmãos Dassler é tema de diversas obras, tanto na literatura quanto no cinema. O livro "Invasão de Campo: Adidas, Puma e os Bastidores do Esporte Moderno" (2007), de Barbara Smit, narra o rompimento entre eles e o surgimento das gigantes do esporte. Recentemente, a plataforma Disney+ lançou o documentário "Guerra dos Tênis: Adidas Vs. Puma", que descreve como o conflito entre Adolf e Rudolf transformou a indústria dos tênis esportivos.

*Com informações de matéria publicada em 08/11/2022

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