Trocar o tradicional Adobe Photoshop por um editor recém-incorporado ao Canva parecia, à primeira vista, uma missão improvável. Afinal, o Photoshop é praticamente sinônimo de edição de imagens profissional, uma ferramenta que moldou o design digital nas últimas décadas. Por outro lado, a aquisição do Affinity pelo Canva e o lançamento de novos recursos baseados em inteligência artificial prometem algo tentador: um ambiente de criação mais acessível, rápido e cada vez mais poderoso. Com isso em mente, decidi colocar as duas soluções lado a lado e testar o que cada uma oferece em 2025. Meu foco foi avaliar modelo de negócio, ferramentas de IA, usabilidade, fluxo de trabalho e custo-benefício tanto para quem trabalha com design profissional quanto para quem busca uma ferramenta mais simples e barata. A seguir, conto minhas impressões reais sobre a disputa entre o novo Affinity (agora dentro do ecossistema Canva) e o clássico Adobe Photoshop.
Affinity do Canva fica gratuito e compete ainda mais com Photoshop; saiba mais — Foto: Reprodução / TechTudo Diferenças entre Affinity e Photoshop
Affinity do Canva é mais acessível que Photoshop da Adobe — Foto: Divulgação: Canva O Photoshop segue o modelo de assinatura contínua da Adobe Creative Cloud, uma estrutura consolidada, porém cara. Já o Affinity, sob o guarda-chuva do Canva, promete uma experiência mais democrática: o software pode ser usado gratuitamente, com recursos avançados disponíveis por meio do Canva Pro. Enquanto o Photoshop nasceu como um editor robusto para fotógrafos e artistas digitais, o Affinity combina o legado da Serif (com apps como Affinity Designer e Affinity Photo) à simplicidade do Canva. A ideia é unir edição profissional e colaboração online em um mesmo ecossistema.
Logo, percebi uma diferença marcante entre as ferramentas. Enquanto o Photoshop é uma ferramenta profunda e técnica, que exige conhecimento para dominar dezenas de painéis e ajustes finos, o novo Affinity aposta em uma interface mais intuitiva, próxima da experiência do Canva, com comandos diretos e uso forte de IA.
Modelo de negócio e custo
Canva vira "Photoshop de graça" com recursos do Affinity — Foto: Divulgação: Canva A comparação de preços é o ponto mais prático e mais revelador. O Photoshop é vendido por assinatura mensal (em torno de R$ 65 a R$ 214/mês, dependendo do plano). Esse valor inclui atualizações, a partir de 100 GB de nuvem e acesso ao Firefly, o motor de IA da Adobe. É uma despesa constante, mas também uma garantia de suporte e integração com todo o ecossistema da Adobe Creative Cloud.
Agora vinculado ao Canva, o Affinity segue outro caminho. A nova versão é gratuita para uso básico e os recursos de IA estão ligados à assinatura Canva Pro, que custa bem menos (cerca de R$ 290/ano no Brasil). Além disso, usuários do Affinity clássico continuam podendo usar suas licenças vitalícias antigas sem custo adicional.
Para quem busca custo-benefício, o Affinity leva vantagem. A economia é grande e, mesmo na versão paga, o preço é mais acessível. Já o Photoshop continua sendo uma escolha de investimento para quem depende da suíte completa da Adobe e precisa das ferramentas mais avançadas do mercado.
Poder e sofisticação da IA
Adobe Firefly, IA da Adobe, gera imagens com alta qualidade — Foto: Reprodução/Adobe Firefly Foi aqui que o teste ficou realmente interessante. O Adobe Firefly entrega resultados impressionantes. O Preenchimento Generativo permite adicionar ou remover elementos inteiros de uma foto com realismo absurdo; textura, luz e perspectiva se ajustam automaticamente. Quando pedi para “expandir o fundo de uma foto de retrato”, o resultado ficou natural e quase indistinguível de uma fotografia real.
Já no Affinity, testei o Magic Studio, que inclui o Magic Edit, Magic Eraser e Magic Expand. A principal diferença é a velocidade. Enquanto o Firefly leva alguns segundos para processar cada comando, o Magic Studio executa quase instantaneamente. Em poucos cliques, consegui apagar objetos, trocar o céu de uma paisagem e ampliar o enquadramento sem complicações. Por outro lado, os resultados do Canva ainda são menos refinados em comparação com o Photoshop, especialmente quando se trata de fotorrealismo. As texturas às vezes parecem artificiais e há pequenas falhas de integração nas bordas.
Minha conclusão é que o Firefly (Photoshop) vence em qualidade e precisão; o Magic Studio (Affinity) ganha em rapidez e praticidade. Para o dia a dia, o Magic Studio é ótimo; para trabalhos profissionais e detalhados, o Firefly ainda é imbatível.
Usabilidade e curva de aprendizado
Affinity se destaca pela facilidade de uso — Foto: Reprodução / Canva Aqui, o Affinity dá um show. O Canva sempre se destacou por ser intuitivo, e esse DNA foi herdado pelo novo Affinity. Em poucos minutos, consegui me adaptar e testar as ferramentas de IA sem precisar recorrer a tutoriais. A interface é limpa, os ícones são claros e o fluxo é semelhante ao do Canva, então, quem já usa a plataforma vai se sentir em casa.
Já o Photoshop continua sendo profundo e mais exigente. A curva de aprendizado é longa e pode assustar novos usuários. Mesmo com as ferramentas de IA facilitando algumas tarefas, o programa ainda exige tempo para dominar ajustes, camadas e máscaras. No entanto, para quem já domina o software, essa complexidade vira uma vantagem. Afinal, é ela que permite alcançar resultados profissionais.
Sendo assim, o Affinity é mais fácil para começar, enquanto o Photoshop, mais poderoso para quem já domina a arte da edição.
Fluxo de trabalho e colaboração
O Photoshop tem um ecossistema sólido com o Creative Cloud, permitindo colaboração, sincronização de arquivos e integração com apps como Adobe Illustrator, Lightroom e Adobe Premiere Pro. É o padrão do mercado corporativo e de agências grandes. O Affinity, agora integrado ao Canva, aposta em colaboração em tempo real. Várias pessoas podem editar o mesmo projeto, comentar e compartilhar versões sem precisar instalar nada, tudo acontece direto na nuvem.
Na prática, isso torna o Canva/Affinity mais ágil para equipes de marketing e social media, enquanto o Photoshop ainda é o favorito de estúdios e produtores audiovisuais que exigem pipelines técnicos complexos.
Interface tradicional de muitos editores de imagem, como Photoshop, podem intimidar — Foto: Reprodução: Trusted Reviews Flexibilidade de arquivos
O Photoshop trabalha nativamente com PSD, o formato mais aceito do mercado. Ele também importa AI (Illustrator), PDF e dezenas de outros tipos. O Affinity é compatível com PSD, PDF e até arquivos vetoriais, mas alguns efeitos e camadas podem ser convertidos de forma diferente. Nada que atrapalhe trabalhos simples, mas pode incomodar em fluxos profissionais que exigem precisão milimétrica.
Pontos positivos e negativos
- Pontos positivos: conta com a inteligência artificial Firefly, que oferece resultados profissionais e precisos; integra-se totalmente ao ecossistema da Creative Cloud, facilitando o fluxo de trabalho entre diferentes softwares da Adobe; possui recursos avançados e ampla compatibilidade com formatos e plugins.
- Pontos negativos: o preço é elevado e o modelo de assinatura pode não ser vantajoso para todos os usuários; exige tempo de adaptação, já que a curva de aprendizado é mais longa.
- Pontos positivos: oferece versões gratuitas e planos pagos mais acessíveis; tem interface simples, intuitiva e de fácil navegação; a inteligência artificial (Magic Studio) é rápida e prática para tarefas do dia a dia; permite colaboração em tempo real entre equipes.
- Pontos negativos: os resultados da IA não atingem o mesmo nível de realismo das ferramentas mais avançadas; apresenta algumas limitações na compatibilidade com determinados formatos de arquivo.
Vale a pena trocar o Photoshop pelo Affinity?
Affinity substitui o Photoshop? — Foto: Reprodução / Canva Após testar os dois lado a lado, minha conclusão é clara: depende do seu perfil.
Se você é fotógrafo, designer publicitário ou trabalha em estúdio, o Photoshop ainda é o padrão de excelência. A precisão das ferramentas e o ecossistema Adobe fazem dele uma escolha segura e praticamente obrigatória em muitos ambientes profissionais.
Mas se você é freelancer, social media ou criador de conteúdo, o Affinity é uma opção muito mais prática e econômica. Ele resolve a maioria das tarefas do dia a dia com rapidez, IA integrada, custo baixo e ainda oferece um fluxo de colaboração que o Photoshop não iguala.
De fato, o Photoshop continua sendo a “Ferrari” da edição: caro, complexo, mas impecável. Enquanto o Affinity é o carro elétrico moderno: acessível, rápido e cheio de recursos inteligentes que simplificam a rotina criativa.
Apesar de o Photoshop continuar indispensável para projetos mais complexos, o Affinity vem ganhando espaço como uma alternativa ágil e inteligente. Se o Magic Studio mantiver o ritmo de evolução, não é difícil imaginar um futuro em que essa troca definitiva se torne cada vez mais natural.
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3 semanas atrás
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