Eles se reencontraram pela primeira vez em 471 dias. Emily Damari foi sequestrada no Kibutz Kfar Aza, no sul de Israel.
"Enquanto o pesadelo de Emily em Gaza acabou, para muitas outras famílias a espera impossível continua. Cada último refém deve ser libertado, e ajuda humanitária deve ser fornecida aos reféns que ainda estão esperando para voltar para casa. Pedimos que a mídia respeite a privacidade de Emily e da nossa família durante esse período", completou.
Emily Damari após ser liberta pelo grupo terrorista Hamas — Foto: Reprodução/X
A família de Doron Steinbrecher também comemorou o retorno dela a Israel. A enfermeira veterinária, que morava em Kfar Aza, foi rendida dentro do próprio apartamento.
Veja o momento em que as resgatadas saem do carro da Cruz Vermelha
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas. O início da trégua foi adiado após o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que seriam libertadas.
A imprensa israelense noticiou, por volta das 12h (horário de Brasília), que as reféns já estavam com a Cruz Vermelha. Segundo as Forças de Defesa de Israel, elas passarão por avaliação médica ao chegar no país.
Além de Emily, as outras reféns libertadas são:
- Romi Gonen, 24 anos: ela foi sequestrada em uma emboscada enquanto tentava deixar o festival Supernova.
- Doron Steinbrecher, 31 anos: enfermeira veterinária que também morava em Kfar Aza e foi rendida dentro do próprio apartamento.
Segundo o exército israelense, as três reféns libertadas ficarão no Hospital Infantil Safra no Centro Médico Sheba nos próximos dias e talvez semanas. As mulheres estão viajando com suas mães e serão reunidas com outros membros da família no hospital.
Segundo o hospital, elas serão examinadas por uma equipe médica especial, com roupas novas, artigos de higiene, cuidados de beleza e refeições especialmente preparadas. O local foi escolhido por oferecer acomodações tranquilas e privacidade.
Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher serão as primeiras reféns a serem libertadas — Foto: Divulgação
O conflito na Faixa de Gaza foi intensificado em 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.
Ao longo de mais de um ano de guerra, bombardeios de Israel e incursões terrestres mataram cerca de 48 mil palestinos, segundo o Hamas, muitos dos quais eram civis, mulheres e crianças. As ações militares também reduziram grandes áreas da Faixa de Gaza — principalmente no norte — a escombros e causaram uma crise humanitária envolvendo toda a população de 2,3 milhões de habitantes do território.
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