A MP 1.289/2025 disponibilizou R$ 4,178 bilhões em créditos extras, para a garantir as operações oficiais de crédito rural equalizadas pelo Tesouro Nacional. O Plano Safra 2024/25, anunciado em julho do ano passado, é o maior da história, com R$ 476 bilhões destinados ao agro, dos quais R$ 133,6 bilhões poderiam ser acessados em linhas como as que foram suspensas.
O governo federal justificou a abertura do crédito extraordinário via MP em função da urgência da situação, que poderia ter impacto direto na produção de alimentos e na segurança alimentar nacional. Os recursos, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devem ficar dentro dos limites do arcabouço fiscal permitido. Enquanto o orçamento não é aprovado, o governo só pode gastar o equivalente a 1/12 do previsto para o ano inteiro na LDO.
O que acha o setor
Falta de previsibilidade acaba com planejamento do agro. Luiz Antonio Vizeu, coordenador do Núcleo de Promoção e Pesquisa da Abex-BR, entidade da cadeia produtiva do amendoim, diz que interrupções como esta comprometem o planejamento e a viabilidade financeira dos produtores, dificultando investimentos essenciais para garantir produtividade e competitividade global. "No caso do amendoim, a suspensão ocorreu em um momento particularmente delicado. A safra 2023/2024 já sofreu perdas significativas devido à escassez hídrica e ao aumento da taxa Selic", afirma Vizeu.
Pavor e indecisão. A produtora rural e técnica em agropecuária Stefani Barbosa, que cultiva soja, milho, trigo, aveia, feijão e canola no Rio Grande do Sul, diz que a suspensão do Safra gerou medo, sobretudo em quem foi afetado pelo clima nas colheitas anteriores. "Muitos produtores precisam desse crédito para comprar os insumos. É uma época em que a maioria está encaminhando os custeios da safra de inverno. Pegou muita gente de surpresa, causando um certo apavoramento de não terem recursos disponíveis para subsidiar a implantação das lavouras", relata Barbosa.
A técnica afirma que o crédito do Safra é de fundamental importância para recuperação das fazendas e recuperação do cultivo no Sul do país. "Passamos por uma catástrofe climática em maio de 2024 em função do alto volume de chuva, comprometeu muitas lavouras, muitos produtores perderam toda a sua estrutura produtiva (máquinas, galpões, sem falar no solo que foi perdido)", lembra a produtora.

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8 meses atrás
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