Aliados de Lula dizem que governadores de direita usam mortes no Rio como palanque para 2026

Aliados do presidente Lula (PT) criticaram, nesta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e os demais governadores de oposição que demonstraram solidariedade após a operação da polícia que deixou mais de cem mortos, a mais letal da história do país.

Políticos do campo do petista dizem que Castro e os demais governadores utilizam a ação policial para fins eleitorais e classificam o que houve como chacina. Esses aliados também comparam a operação nos complexos do Alemão e da Penha com a operação Carbono Oculto contra lavagem de dinheiro do crime organizado, deflagrada pela Receita Federal, pelo Ministério Público de São Paulo e por outros órgãos do governo paulista.

"Lamentável que governadores, na saga de atacar o presidente Lula, montem palanque sobre os corpos de centenas de mortos, que façam comício sobre as lágrimas de centenas de mães que ainda não enterraram seus filhos. Não será com politicagem que vamos derrotar o crime organizado, e sim com competência, como foi feito na operação Carbono Oculto", afirmou o presidente do PT, Edinho Silva, nas redes sociais.

Como mostrou a Folha, cinco governadores de direita se reuniram de forma virtual nesta manhã para prestar ajuda a Castro. Uma nova reunião presencial deve ocorrer no Rio nesta quinta-feira (30).

Participaram da reunião os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil).

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, afirmou que a ação policial é uma "chacina eleitoral" que foi "planejada politicamente".

"Não é coincidência o número de chacinas em período pré-eleitoral. Essa é uma chacina que tem um viés eleitoral muito forte. O governador mente quando diz que o governo federal não o auxilia. Não foi pedido GLO [Garantia da Lei e da Ordem], não foi pedido auxílio. Combater crime organizado é combater o crime financeiro", disse a jornalistas.