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Alívio da inflação em novembro é passageiro; ano terminará com 5% de alta

Altas fortes, acima de 20%, em um item muito volátil — passagens aéreas — ajudaram a fazer a inflação em novembro subir alguns pontinhos. Sem essa influência, o IPCA do mês passado teria subido 0,28%, menos 11 pontos percentuais do que o registrado. Ainda assim, o acumulado em 12 meses avançaria no mesmo ritmo de outubro, a 4,6%.

A inflação de novembro foi ainda impactada, negativamente, pelo aumento da alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre cigarros. Os preços do cigarro subiram de 0,7% em outubro para 1,43%, em novembro.

Alimentos ainda em alta

Mas o que conta é que a alta dos preços dos alimentos, que já vinha ocorrendo, deu uma esticada em novembro. Se o grupo Alimentação tinha avançado 1,06% em outubro, o ritmo de alta chegou a 1,55%, em novembro. No caso das carnes, cujos preços subiram 8% em novembro, e de alguns alimentos industrializados, a alta do dólar é parte da explicação.

Perspectivas são de novas altas em alimentos, no mês de dezembro. Nas projeções de Fábio Romão, economista responsável pelo acompanhamento de preços na LCA Consultores, a expectativa de alta para os preços dos alimentos no domicílio em dezembro é de 1,7%. Trata-se de elevação em ritmo quase o dobro da registrada na mediana dos últimos dez anos, de 2014 a 2023.

Pressão em serviços

Serviços também subiram de modo relevante. No conjunto, a alta foi de 0,83%, acelerando bem em relação a outubro, quando se conteve numa subida de 0,35%. Na contabilização do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, 59 dos 68 subitens do grupo dos serviços, na cesta do IPCA, tiveram alta em novembro, com disseminação inclusive entre os serviços subjacentes, aqueles menos influenciados por movimentos sazonais.

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