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Alta abstenção de eleitores retrata a tragédia venezuelana

“O chavismo é minoria e vai ganhar as eleições".

Ele ainda tentou se corrigir, mas a gafe reverberou na velocidade das redes sociais.

Neste domingo (25), as urnas demonstraram que o lapso de Maduro foi certeiro. Cerca de 60% dos eleitores se abstiveram de votar, obedecendo a um boicote convocado pela oposição. E em mais um pleito dominado pelo descrédito, o regime, em minoria, se declarou vitorioso: elegeu 23 governadores e pelo menos 40 das 50 cadeiras em jogo no Parlamento.

O chavismo recuperou os governos de Zulia, Barinas e Nueva Esparta, e diz ter obtido 82% dos votos. A oposição elegeu apenas um governador, José Alberto Galíndez, de Cojedes.

O ex-governador Henrique Capriles, que desafiou o boicote liderado pela líder opositora María Corina Machado, foi eleito deputado e fará figuração numa bancada minoritária.

Este panorama traduz a tragédia venezuelana em mais uma jornada eleitoral. De um lado, eleitores sendo obrigados a votar pelos comandos chavistas. De outro, a oposição rachada entre o dilema de votar ou não.

Partido de Maduro vence eleição legislativa e mantém controle do Congresso

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Num roteiro conhecido, o regime denunciou planos de sabotagem e prendeu 70 opositores nos dias que antecederam o voto.

Maduro classificou a envergonhada vitória deste domingo como resiliência do chavismo. O regime apostou no voto como um marco para virar a página do fiasco eleitoral das eleições presidenciais do ano passado, deslegitimado pela comunidade internacional.

O argumento de paz e estabilidade no país, alardeado pelo ditador e seus asseclas, não alcança a maioria dos eleitores venezuelanos, que, desta vez, optou por desprezar o ato de votar como um símbolo de resistência.

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