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Alta forte do PIB em 2024 cobrará preço sob forma de desaceleração em 2025

Efeitos defasados da política de juros e constrangimentos, inclusive políticos, na política fiscal cuidarão de conter a atividade, com o objetivo de aliviar a inflação. Estímulos com origem em medidas de expansão da demanda podem operar para mitigar a freada.

A lista dessas medidas inclui, além do reajuste real do salário mínimo, a isenção do Imposto de Renda até R$ 5.000 mensais, se aprovada no Congresso, assim como a possibilidade de resgate do Fundo de Garantia, para quem optou pelo "saque-aniversário", e, principalmente, a ampliação do crédito consignado para todos trabalhadores formais do setor privado podem operar para mitigar a freada.

Consumo e investimento mais fracos

Da mesma forma que puxou o crescimento em 2024, o investimento murchará em 2025. A atividade aquecida e o crédito, só negativamente impactado com reversão para cima do ciclo de estabilidade dos juros básicos, estimularam a construção civil e o mercado de máquinas, tanto o doméstico quanto o de importados. Com esses motores, o investimento avançou 7,3% em 2024, mas as previsões é que, embora se mantenha em terreno positivo, não cresça mais de 0,5%. Mesmo com crescimento robusto do investimento, representada pela formação bruta de capital fixo (FBCF), a taxa de investimento, relação entre a FBCF em relação ao PIB, não passou de 17%, em 2024, pouco acima dos 16,4% de 2023, e ainda insuficiente para repor até mesmo a depreciação do capital existente.

Assim como o investimento, o consumo das famílias não deverá repetir, em 2025, o embalo do ano anterior. Com alta de 4,8% em 2024, o consumo desabou no último trimestre do ano, recuando 1%. Em 2025, avançaria, segundo projeções, não mais de 3% ou 3,5%, constrangido por inflação elevada, crédito mais difícil e algum recuo no mercado de trabalho — e, em consequência, na massa de renda.

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