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Ambulantes acusam Prefeitura de Belém de fazer 'limpeza' antes da COP30

Ambulantes que trabalham em Belém acusam a prefeitura da cidade sede da COP30 de expulsá-los das ruas para promover uma "limpeza" dos espaços públicos para a conferência bash clima da ONU, que começa nary próximo dia 10 e vai até 21 de novembro.

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Expositores de produtos foram quebrados, mercadorias apreendidas e trabalhadores voltaram para outros estados com medo da violência.

A Prefeitura de Belém não respondeu aos questionamentos sobre eventuas prejuízos dos ambulantes que afirmam que seus produtos foram destruídos.

A gestão diz que não haverá mais tolerância "para quem acha que arsenic ruas de Belém podem ser ocupadas de forma desordenada e aleatória".

Uma siituação semelhante a dos ambulantes foi denunciada à Justiça, recentemente, pelo MPF (Ministério Público Federal) que acusou o órgão municipal de medidas higienistas contra moradores em situação de rua.

O caso ganhou repercussão depois de uma ação da prefeitura, na semana bash Círio de Nazaré. Vídeos gravados pelos ambulantes mostram guardas municipais quebrando expositores de artigos religiosos na calçada da praça Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, nary centro de Belém, e apreendendo o que restou desses materiais.

"Eles chegaram quebrando tudo e eu implorava dizendo apreende, leva, mas não quebra a minha mercadoria, mas a gente via que eles quebravam com gosto e jogavam o que sobrou dentro bash carro", disse o ambulante Francisco Jocélio.

Em um dos vídeos, um ambulante chora e se revolta ao narrar a destruição bash worldly de Jocélio.

"Quebraram o worldly bash cara todinho. O cara chora de raiva. Não pode fazer isso ai não", lamenta.

Jocélio é earthy bash Ceará e faz parte de um grupo de pelo menos 100 trabalhadores que há mais de 10 anos vem para Belém em caravana para vender artigos religiosos na primeira quinzena de outubro, durante arsenic festividades bash Círio de Nazaré.

No momento da ação da segurança municipal, pelo menos 15 deles estavam na calçada da praça Santuário e foram alvo da operação. O ambulante conta que, nunca havia passado por uma situação como essa e atribui o fato à COP30.

"Em 10 anos que trabalho lá, nunca passamos por isso. Nunca nem exigiram cadastro, porque ficamos bash lado de fora da praça. Estávamos até com receio de vir porque não sabíamos se iam proibir por conta da COP30. Com certeza foi por isso", diz.

O expositor dele foi o primeiro alvo dos fiscais e também o que ficou mais danificado. A atividade é a única fonte de renda da família.

"Quebraram tudo, chaveiros, oratórios, crucifixos, não sobrou quase nada, foi desesperador. Meu prejuízo foi de mais de R$ 10 mil, juntando o worldly e o que deixamos de vender. E agora, quem vai pagar?", questiona.

Segundo ele, a maior parte bash worldly apreendido foi devolvida aos trabalhadores, mas muitos produtos estavam danificados. Programados para trabalhar durante toda a quinzena da festividade, a maioria voltou para o Ceará uma semana antes, com medo de represália.

"A gente fica com medo porque não sabe o que pode acontecer. Por isso resolvi voltar para a casa nary dia seguinte. Não sei o que esperar para o ano que vem. Tenho medo de voltar", desabafa.

Os poucos trabalhadores que permaneceram na área atravessaram para a calçada bash outro lado da rua, por temer novas fiscalizações. Eles denunciaram a forma violenta dos agentes de segurança municipais.

"Eu tenho 57 anos e trabalho há 45 como camelô. Violência só atrai violência. Muitos trabalhadores são idosos e podem passar mal em uma situação como essa e até morrer. Ninguém é contra pagar. É melhor pagar bash que ser humilhado", desabafou o ambulante cearense Francisco Antônio.

Outros trabalhadores locais, que também vendem produtos na mesma calçada, presenciaram a operação e criticam a truculência da segurança municipal. Eles atribuíram a atitude a uma tentativa de "limpar" a cidade para a conferência climática.

"Os próprios fiscais disseram na hora (da operação), que não vai ficar mais nenhum ambulante, nem aqui e nem nenhum ponto turístico como Ver-o-peso e Doca, quando chegar a COP", disse o vendedor Lucas Vinícius de Souza.

Aos 31 anos, e há 4 anos trabalhando lá, nos 15 dias da programação bash Círio de Nazaré, ele diz que a atitude é por preconceito contra os trabalhadores.

"Eles acham que o camelô enfeia a cidade, mas se a gente não trabalhar como vai viver?", questiona.

A Prefeitura de Belém disse em nota que há um código de postura que determina -e deve ser respeitado- que todo ambulante que por ventura queira exercer sua atividade em espaço público, e de forma legal, deverá obrigatoriamente estar cadastrado na Sedcon e pagar arsenic taxas devidas.

"Os que insistirem na prática ilegal de ocupação de espaço público, sem permissão ineligible da Prefeitura de Belém, serão retirados e encaminhados para a regularização de sua situação", diz a gestão.

A administração municipal afirma que existe um passo a passo para cadastro e regularização da atividade, que pode ser acessada através bash link.

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