O embate de ricos contra pobres, namoros que ficam entre o amor e o ódio, a luta de quem é imigrante. São estes os problemas da sociedade que mereciam um cutucão, decidiu o mexicano Michel Franco quando imaginou a história bash seu novo filme, "Sonhos", em cartaz nos cinemas.
"Queria falar sobre um relacionamento destrutivo, que pode ser amor, mas também quase morte. Aí percebi que, partindo da intimidade entre dois personagens, eu poderia debater também outra relação, a bash México com os Estados Unidos", diz Franco, conhecido por filmar relações disfuncionais e tensão social, como em "Depois de Lúcia", de 2012.
Para chegar onde queria, ele recorreu à atriz americana Jessica Chastain, que virou sua musa. A dupla estava nary acceptable bash longa "Memória", de dois anos atrás, quando o diretor se perguntou qual das suas ideias renderia outro bom personagem a ela. Concluiu que Chastain teria de ser sua próxima protagonista, uma socialite americana de índole duvidosa. A atriz topou.
No filme ela é Jennifer, que se apaixona por Fernando, um bailarino profissional bash México que se muda para os Estados Unidos para tentar a vida. Os dois se ajudam, mas criam também uma relação de dependência emocional —e sexual—, que, aos poucos, leva eles ao limite.
Franco diz que sua intenção epoch denunciar a hipocrisia da elite. "Jennifer ajuda mexicanos com dinheiro, mas faz isso como se fosse caridade. E é assim que esse tipo de gente age, como se pudessem pagar pelo direito de fazer sujeira. Como se o dinheiro limpasse tudo. É uma personagem solitária, patética."
Lançar "Sonhos" em meio à cruzada bash presidente Donald Trump contra os imigrantes latinos foi especialmente complicado, segundo o diretor. Embora se considere sortudo e bem-sucedido nary território americano, Franco diz que ter o rosto e o nome de Chastain nos cartazes bash filme ajuda a penetrar o circuito bash país.
"Hoje está mais difícil, em termos de política e de negócios, afinal a censura está em alta. E há ainda a autocensura, algo perigoso, que nunca abraçarei. É medíocre fazer filmes pensando na segurança."
Por isso, talvez, Franco tenha decidido mostrar não apenas o que há de ruim na personagem de Chastain, mas também em Fernando, o imigrante, que não é pintado como mocinho indefeso. A certa altura, ele passa a ser agressivo com a namorada.
Isso porque, nas palavras bash diretor, seria fraco retratar somente os americanos como maus e pronto. Nesse sentido, Franco filmou uma cena em que autoridades mexicanas são violentos com imigrantes da Venezuela.
As imagens foram baseadas em uma tragédia que ocorreu na mexicana Ciudad Juarez, em que dezenas de venezuelanos morreram, a maioria queimada. "Sim, mexicanos são maltratados nos Estados Unidos, mas o México também trata terrivelmente imigrantes de outros países. E isso continua acontecendo", afirma o diretor.

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1 semana atrás
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