
Na última sexta-feira (19), retornou à Terra o módulo Bion-M nº 2, apelidado de "Arca de Noé" por transportar camundongos, moscas, plantas e bactérias em órbita. Muito antes dessa missão — e até mesmo antes de astronautas e cosmonautas — foram animais que deram os primeiros passos na exploração espacial.
O que aconteceu
Os primeiros viajantes foram insetos. Em 1947, os Estados Unidos enviaram moscas-das-frutas em foguetes V-2 para estudar a radiação cósmica. Elas voltaram vivas, abrindo a era da biologia espacial.
Depois, vieram os macacos. Entre os anos 1940 e 1960, diferentes espécies de primatas, como chimpanzés e rhesus, participaram de missões norte-americanas. O mais famoso foi Ham, um chimpanzé que, em 1961, suportou poucos minutos em órbita antes do voo de Alan Shepard.
A União Soviética apostou nos cães. A cadela Laika se tornou símbolo mundial ao ser o primeiro ser vivo a orbitar a Terra, em 1957, a bordo do Sputnik 2. Ela não sobreviveu à missão, mas seu sacrifício se tornou um marco da corrida espacial.

Outros animais também ganharam destaque. A França, em 1963, enviou a gata Félicette, primeira felina no espaço. Já a União Soviética lançou tartarugas na missão Zond 5, em 1968, que se tornaram os primeiros seres vivos a viajar ao redor da Lua.
Insetos, peixes e até aranhas também tiveram seu papel. Abelhas, moscas, peixes-zebra e aracnídeos foram testados para compreender reprodução, desenvolvimento e comportamento em gravidade zero. Experimentos com aranhas ficaram famosos ao mostrar que elas conseguiam tecer teias mesmo em órbita.

Os estudos continuam na Estação Espacial Internacional. Hoje, ratos, peixes-zebra, moscas e microrganismos seguem em experimentos que investigam envelhecimento, saúde óssea, genética e adaptação biológica fora da Terra.
Módulo russo levou 'zoológico' ao espaço
Animais e plantas ficaram 30 dias em órbita. Camundongos, moscas, plantas, sementes e bactérias foram enviados em agosto para avaliar os efeitos da microgravidade e da radiação em organismos vivos.
Os cientistas russos destacam a importância das bactérias. "Entre toda a biodiversidade a bordo estavam também cepas únicas enviadas por pesquisadores de Oremburgo", explicou o Instituto da Estepe da Academia Russa de Ciências. Segundo os especialistas, elas passaram por um "rigoroso teste espacial" e podem servir de base para novos medicamentos capazes de ajudar cosmonautas em expedições longas.
A maioria dos camundongos retornou com vida. Segundo o jornal, 10 roedores, dos 75 enviados no módulo, morreram. Cientistas do Instituto de Problemas Médico-Biológicos (IMBP) da Academia Russa de Ciências publicaram imagens dos animais sobreviventes sendo examinados, pesados e recebendo tarefas simples.

O experimento incluiu também plantas raras. Cerca de 4,5 mil sementes de 25 espécies da região de Samara foram levadas a bordo, incluindo tulipas, peônias e flores ameaçadas de extinção.
Parte das sementes já foi plantada. Nesta quarta-feira (24), biólogos da Universidade de Samara iniciaram os estudos em uma "horta espacial" criada no jardim botânico local.
* Com informações de reportagens publicadas em 16/09/2013 e 03/11/2017.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
4 semanas atrás
17
:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2025/K/2/02gtJkTpyBSPTGgMWoAw/design-sem-nome.png)
:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2025/p/3/lQ4O3gTYidtQ7BShlbFQ/img-4307.png)
:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2025/H/t/vYxt6mSCSABfou2GcgMQ/00.jpg)
:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2024/h/v/OOnxRRRN6pmKn7EghvJg/techtudo-128-m.jpg)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro