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Após isenção no IR avançar, Lula volta a mirar juros: 'Temos um problema'

Haddad já havia manifestado insatisfação com a taxa Selic na semana passada. O ministro da Fazenda afirmou que a taxa Selic sequer deveria ter alcançado os 15% ao ano. "Se você me perguntar se acho justificável os juros estarem nesse patamar, eu acredito que não, mas não estou no lugar dele. [...] Essa opinião é compartilhada por boa parte do mercado financeiro", disse em entrevista ao ICL (Instituto Conhecimento Liberta). Na ocasião, Haddad ressaltou ainda que vê espaço para cortes da taxa básica.

Manifestação de Haddad foi respondida pelo presidente do BC (Banco Central). Após a declaração do ministro, Gabriel Galípolo, nome indicado por Lula para comandar a autoridade monetária, disse ver com "absoluta legitimidade" as críticas, mas ressaltou que as decisões finais cabem ao BC. A gente obviamente escuta e tenta acolher o máximo de dados possível, mas o processo decisório cabe ao Comitê de Política Monetária, com a autonomia que todos os diretores têm", afirmou.

Declaração de Haddad teria sido o aval para Lula voltar a se queixar dos juros. O presidente havia abandonado as críticas desde a indicação de Galípolo. A colunista Daniela Lima, do UOL, revelou que a manifestação do ministro serviu de gatilho para o posicionamento de Lula, que voltou a mostrar insatisfação com o atual nível da taxa Selic em conversas com aliados e pessoas ligadas ao setor produtivo.

Queixas envolvem o efeito negativo dos juros nos setores produtivos. Principal instrumento de política monetária para conter a inflação, o aumento da taxa de juros representa uma puxada de freio no consumo. Como efeito adverso, a elevação da Selic desestimula a produção e inibe o desenvolvimento da economia.

Imposto de Renda

Lula também enalteceu o avanço da isenção a quem recebe até R$ 5.000. O presidente classificou a aprovação de uma de suas promessas de campanha como "uma coisa maravilhosa". O petista ressalta que a isenção e o desconto para rendas de até R$ 7.350 representam um passo adicional ao processo de correção da tabela do Imposto de Renda, adotado desde que assumiu o terceiro mandato presidencial.

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