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Biden deixará a Presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025 e será sucedido por Donald Trump. O novo presidente já deu sinais de que pode reduzir ou acabar com a ajuda militar à Ucrânia, além de ter sugerido negociar um plano que daria concessões à Rússia.
Segundo a Reuters, Joe Biden quer reforçar o apoio ao governo ucraniano antes de deixar o cargo. O pacote preparado pelo presidente inclui uma variedade de armas antitanque provenientes dos estoques dos EUA.
Entre os itens estão minas terrestres, drones, mísseis e munição para os sistemas de foguetes de alta mobilidade. A reportagem afirma ainda que Biden quer enviar o pacote para a análise no Congresso dos Estados Unidos na próxima semana. Os valores podem mudar até lá.
A nova ajuda representa um aumento significativo em comparação com outros pacotes enviados com base na chamada Autoridade de Retirada Presidencial (PDA). Essa modalidade permite que os Estados Unidos usem estoques de armas em situações de emergência para ajudar aliados.
Das últimas vezes que Biden recorreu ao PDA, os pacotes de ajuda variaram entre US$ 125 milhões e US$ 250 milhões. O presidente ainda tem uma autorização do Congresso para usar de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões no programa até o fim do mandato.
EUA autorizam uso de minas terrestres pela Ucrânia
Embora mais de 160 países tenham assinado um tratado proibindo o uso de minas terrestres, a Ucrânia tem solicitado esse tipo de armamento para evitar o avanço das tropas inimigas. A Rússia, inclusive, tem utilizado minas nas linhas de frente.
O governo norte-americano argumenta que as minas enviadas para a Ucrânia possuem um sistema de energia que funciona por pouco tempo, tornando-as inofensivas após esse período. Sendo assim, o risco para civis seria muito baixo.
Os Estados Unidos esperam que a Ucrânia use as minas dentro do próprio território, comprometendo-se a não as empregar em áreas povoadas por civis ucranianos.
Keith Kellogg durante coletiva de imprensa na Casa Branca, em setembro de 2022 — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Kellogg já trabalhou como chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump. Ele também atuou como conselheiro de segurança do então vice-presidente, Mike Pence.
O general elaborou um plano ao lado de outro militar para encerrar a guerra na Ucrânia. Entre os pontos para terminar o conflito estão:
- Todas as linhas de batalha seriam congeladas para o início das conversas para um cessar-fogo.
- EUA só fornecerão mais armas à Ucrânia se o país participar de negociações de paz.
- Rússia seria alertada de que os EUA aumentariam o apoio à Ucrânia caso se negue a negociar um acordo para o fim da guerra.
- Entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seria adiada.
Especialistas afirmam que o plano pode não agradar o governo ucraniano. Isso porque o país provavelmente perderia territórios para a Rússia de forma definitiva diante deste acordo.
Além disso, a Ucrânia deseja entrar na Otan, que é uma organização militar formada por mais de 30 países, incluindo os Estados Unidos. Um dos princípios do tratado é proteção mútua entre todos os membros.
A Rússia, por sua vez, argumenta que iniciou o conflito diante da ameaça de a Ucrânia ingressar na Otan. Na visão do presidente russo, Vladimir Putin, o Ocidente descumpriu uma promessa feita em 1990 de que a Otan não expandiria "nenhuma polegada na direção do Oriente".
Sendo assim, um veto da Ucrânia na Otan no curto prazo atenderia aos interesses da Rússia.
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