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Ata do Fed, balanço da Nvidia, emprego nos EUA

A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve será publicada hoje, com expectativa de esclarecer os bastidores da decisão que cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano.
Apesar do início do ciclo de cortes, o documento pode revelar divergências internas. Parte dos dirigentes defendia cortes mais agressivos ou até mesmo a manutenção da taxa, refletindo incertezas sobre a trajetória da inflação, do emprego e da atividade econômica. A ata também deve detalhar o plano de encerrar o programa de redução do balanço patrimonial do Fed a partir de dezembro.
Os mercados esperam entender melhor se o banco central americano está disposto a continuar reduzindo os juros já na reunião de dezembro e em que ritmo isso pode ocorrer em 2026. As sinalizações da ata podem influenciar moedas, juros e ações em todo o mundo.

A gigante americana de semicondutores Nvidia divulga também hoje, após o fechamento dos mercados, os resultados do terceiro trimestre. O documento é aguardado com grande expectativa, já que a empresa se tornou um termômetro da revolução da inteligência artificial (IA) nos mercados financeiros.
Nos últimos trimestres, a Nvidia surpreendeu positivamente com lucros acima do esperado, impulsionada pela forte demanda por chips voltados à IA generativa. Porém, os riscos aumentaram: há pressões geopolíticas sobre as exportações para a China, concentração de receitas em poucos clientes e dúvidas sobre a sustentabilidade dessa demanda.
A perspectiva (guidance) para os próximos meses será monitorada de perto. Qualquer sinal de desaceleração pode ter efeito cascata sobre o setor de tecnologia, que vê na Nvidia uma líder e barômetro de tendências. Como o mercado brasileiro estará fechado amanhã, os efeitos dos resultados só devem ser sentidos por aqui na sexta-feira.

O governo dos Estados Unidos divulga amanhã o payroll de outubro, relatório que traz uma radiografia detalhada do mercado de trabalho americano.
A expectativa do mercado é de criação de 75 mil vagas no período. No entanto, dados preliminares sugerem que o setor privado pode ter criado apenas 32 mil postos de trabalho, sinalizando possível desaceleração no ritmo de contratações. A taxa de desemprego projetada é de 4,3%.
Os números ganham ainda mais relevância porque podem alterar as apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve. Caso o dado venha mais fraco que o esperado, pode reforçar o cenário de novos cortes na taxa básica de juros americana, impactando ativos globais, especialmente em economias emergentes como o Brasil.

Veja o fechamento de dólar e Bolsa ontem:

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