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Ataque iminente? Aéreas mudam voos à Venezuela para proteger tripulações

A volta se manteve como um voo direto, com cerca de 5 horas e 55 minutos de duração. Mas é justamente a ida que precisou passar por ajustes, passando a levar 7 horas e 25 minutos.

A alteração

A ida, que era feita em um voo direto, precisou incluir uma escala técnica em Manaus. Após a decolagem de São Paulo, em vez de se direcionar a Caracas, o voo tem essa parada para a troca de tripulação.

Para explicar essa necessidade, os tripulantes (pilotos e comissários) têm uma carga horária que não pode ser extrapolada por questões de segurança e controle de fadiga (evitar o cansaço diminui o risco de acidentes). Não seria possível uma mesma equipe realizar o voo de ida e volta pela duração da operação, que poderia ultrapassar 12 horas.

Assim, os tripulantes que faziam o voo de ida a Caracas, precisavam pernoitar em Caracas e voltariam apenas no voo do dia seguinte. Hoje, a troca de tripulação é feita ainda em solo brasileiro, permitindo quem inicie a jornada em Manaus possa encerrá-la no aeroporto de Guarulhos sem exceder as horas de trabalho permitidas por lei.

Dessa forma evita-se que, em caso do início de um conflito, os pilotos e comissários fiquem presos no país vizinho. Ao mesmo tempo, diminui o risco de roubos e furtos às tripulações que pernoitam naquele país.

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Os voos são realizados pelos aviões Boeing 737 Max na configuração internacional, com 176 assentos e duas classes tarifárias (econômica e econômica premium). Não é possível embarcar em Manaus devido a esta parada ser apenas uma escala técnica para troca de tripulação, onde os passageiros permanecem dentro da aeronave.

Não é a única

A companhia aérea portuguesa TAP também adotou um sistema de escala parecido por segurança. No voo entre a capital Lisboa e a Venezuela, é feita uma parada no Pointe-a-Pitre, em Guadalupe, território francês localizado no Caribe.

Em seguida, a tripulação decola rumo a Caracas e, na sequência, volta em um voo direto para Lisboa.

Quem sai do Brasil ainda tem a alternativa de realizar o voo com a Avianca, fazendo uma escala em Bogotá, em um total de 10 horas e 20 minutos de duração. A volta ainda pode ser feita diretamente pela Gol.

Já voou antes

A empresa já realizou voos para o país latino-americano até 2015 ao menos. A Latam também operou no mesmo destino até meados da década passada.

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Na mesma época, o país se tornou alvo de preocupações da Iata (Associação Internacional do Transporte Aéreo) por reter fundos de empresas aéreas. Anos depois, a nação vizinha deixou a lista da associação, mostrando uma abertura maior para o mercado aéreo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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