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Banco Mundial vai liberar US$ 12 bilhões para a Argentina; objetivo é impulsionar reformas econômicas

"O pacote foi desenhado para apoiar reformas que continuem a atrair investimentos privados e reforcem as medidas implementadas pelo governo nacional para promover a criação de empregos", disse o banco em comunicado.

O documento afirma ainda que a medida é "um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia".

De acordo com o planejamento da instituição, US$ 5 bilhões - ou R$ 29 bilhões - irá para o setor privado. Cerca de US$ 1,5 bilhão - ou R$ 8.8 bilhões - serão destinados à ampliação do acesso ao crédito.

Histórico de empréstimos mundiais

Esse empréstimo, que ainda precisa do aval do conselho do Fundo, permitirá a "recapitalização do Banco Central para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação", disse o ministro da Economia, Luis Caputo, em coletiva de imprensa.

"É isso que nos permitirá, a partir de segunda-feira (14), acabar com o cepo cambial [controle de divisas] que tanto dano causou", acrescentou.

O dólar "poderá flutuar dentro de uma banda móvel entre 1.000 e 1.400 pesos, cujos limites serão ampliados a um ritmo de 1% ao mês", detalhou o Banco Central em um comunicado.

Nesta sexta-feira, o dólar oficial estava cotado a 1.097,50 pesos argentinos, enquanto o "blue" (informal) estava em 1.375 pesos por dólar.

  • Com isso, segundo o BC argentino, será possível:
  • eliminar o dólar diferencial para exportadores;
  • retirar as restrições cambiais para pessoas físicas [não jurídicas];
  • permitir a distribuição de lucros a acionistas estrangeiros a partir dos exercícios financeiros iniciados em 2025;
  • e flexibilizar os prazos para o pagamento de operações de comércio exterior.

Do total do empréstimo, o FMI desembolsará US$ 15 bilhões (R$ 88 bilhões) para livre disponibilidade em 2025.

O ministro Caputo havia manifestado o desejo de que o Fundo liberasse um desembolso inicial superior a 40% do acordo, para pagar obrigações com o próprio FMI e fortalecer as reservas do Banco Central em meio a uma corrida contra o peso.

Em meio às turbulências financeiras internacionais provocadas pela política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é esperada na segunda-feira a visita a Buenos Aires do secretário do Tesouro Scott K.H. Bessent.

O secretário viaja ao país sul-americano para oferecer seu "apoio total às audaciosas reformas econômicas da Argentina", informou um comunicado de sua pasta.

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