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BC prevê juros elevados por 'período prolongado' e não descarta novas altas

Diretores do BC destacam "novo estágio" da política monetária. Após a sequência de sete altas consecutivas, o Copom entende que a estabilidade dos juros vai permitir avaliar se a estratégia será suficiente para atingir os objetivos desejados. Ainda assim, as projeções ainda indicam o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em patamares acima do centro da meta por um período prolongado.

Novas elevações da taxa Selic não são descartadas pelo Copom. O documento destaca que o momento ainda "exige cautela" diante do ambiente marcado por "elevada incerteza". "O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado. Reafirmou-se o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta", diz a ata.

Mercado prevê que a taxa Selic ficará estável até o fim deste ano. A edição mais recente do Boletim Focus aponta que a Selic persistirá no patamar atual nas duas próximas reuniões do Copom. Para 2026, a expectativa é que a taxa sofra um corte de 0,25 ponto percentual, para 14,75% ao ano, no primeiro encontro realizado pelo colegiado no próximo ano. A trajetória de baixa é estimada por todo o próximo ano, até 12,25% ao ano.

Selic é principal ferramenta de política monetária contra a inflação. Com o avanço dos preços, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para encarecer o crédito e limitar o consumo. Com o dinheiro mais caro, a demanda por bens e serviços tende a diminuir e, consequentemente, segurar o avanço do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice inflacionário do Brasil.

Inflação de serviços se mantém "resiliente", afirma o Copom. A avaliação considera um reflexo do dinamismo do mercado de trabalho, que registra a menor taxa de desemprego da história (5,8% no trimestre encerrado em julho). O colegiado entende que o segmento tem um efeito menos perceptível do que o mercado de crédito, que reduziu o volume de concessões em meio aos juros no patamar mais elevado em quase 20 anos.

Nota-se maior arrefecimento no consumo de bens mais ligados ao crédito em contraposição a bens de consumo mais ligados à renda.
Ata da 273ª Reunião do Copom

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