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BC vê incertezas e não cita fim da alta dos juros com Selic a 14,75% ao ano

Com relação à próxima reunião, o Comitê avaliou que o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.
Ata da 270ª reunião do Copom

Mercado prevê a manutenção dos juros até o fim deste ano. A edição mais recente do Boletim Focus aponta que a Selic persistirá no patamar atual até dezembro. Para 2026, a expectativa é de manutenção da taxa na primeira reunião e um corte de 0,25 ponto percentual, para 14,5% ao ano, somente no segundo encontro do colegiado.

Selic é o principal instrumento de política monetária contra a inflação. Com o avanço dos preços, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para encarecer o crédito e limitar o consumo. Com o dinheiro mais caro, a demanda por bens e serviços tende a diminuir e, consequentemente, conter a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice inflacionário do Brasil.

Contas públicas pesam contra o alívio na política monetária. "O Comitê segue utilizando a política fiscal como insumo em sua análise e, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta", diz o Copom. A avaliação considera que a percepção sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue com impacto sobre os preços de ativos e as expectativas do mercado.

O Comitê, em sua análise de atividade, manteve a firme convicção de que as políticas devem ser previsíveis, críveis e anticíclicas. Em particular, o debate do Comitê evidenciou, novamente, a necessidade de políticas fiscal e monetária harmoniosas.
Ata da 270ª reunião do Copom

"Tarifaço" no radar

Copom vê cenário externo "adverso e particularmente incerto". A percepção considera, principalmente, o "tarifaço" projetado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os pontos de atenção envolvem as retaliações impostas por diversos países e empresas contra a política tarifária norte-americana. Segundo o BC, as reações trazem "possíveis impactos em cadeias globais de produção, e a resposta dos consumidores às mudanças de preços".

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