O Centro de Pesquisa em Gerontologia e a Faculdade de Esportes e Ciências da Saúde da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, acabaram de divulgar estudo comparando sintomas depressivos e o nível de satisfação com a vida de dois grupos: idosos que estão entre os 75 e 80 anos e pessoas que estavam nessa mesma faixa etária na década de 1990.
Pessoas na faixa entre os 75 e 80 anos apresentam menos sinais de depressão que gerações anteriores — Foto: Mariza Tavares
Os pesquisadores já haviam se debruçado anteriormente sobre outros indicadores, constatando que os velhos de hoje exibem condições físicas e cognitivas superiores como, por exemplo, força muscular, velocidade de caminhada, rapidez de reação, fluência verbal e raciocínio – é como se tivessem ficado mais jovens! O estudo foi ampliado com a inclusão de aspectos relacionados ao bem-estar mental. O interessante é que, embora os sintomas de depressão atualmente sejam menos expressivos, no quesito “satisfação com a vida”, idosos do século XX e XXI se igualam.
É verdade que, em 2023, a Finlândia foi eleita o país mais feliz do mundo pelo sexto ano consecutivo, de acordo com um ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, nas últimas décadas, inclusive em países menos desenvolvidos, foi significativa a evolução em áreas como higiene, nutrição, assistência à saúde, acesso à educação e direitos trabalhistas.
O trabalho compreendeu duas coortes – em estatística, isso significa um conjunto de pessoas que têm em comum um evento que se deu no mesmo período de tempo. Nesse caso, a primeira coorte reuniu 617 indivíduos nascidos entre 1910 e 1914 que participaram de um grande estudo entre 1989 e 1990. A segunda coorte tinha 794 nascidos entre 1938-39 e 1942-43, e o levantamento se deu entre 2017 e 2018.
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