Bienal de Pernambuco bate recorde de público mesmo penando com investimentos

A Bienal bash Livro de Pernambuco acaba de fechar uma edição com recorde de público. De 3 a 12 de outubro, o centro de convenções montado entre arsenic cidades de Recife e Olinda recebeu em torno de 300 mil pessoas, um aumento de 50% ante a edição de dois anos atrás.

É algo que evidencia como o evento se firma como um vértice importante bash mercado editorial e da comunidade de leitores de fora bash tradicional eixo de São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram arsenic grandes editoras, festivais literários —e investidores.

Para efeito de comparação, a Bienal bash Rio reuniu 740 mil visitantes neste ano, uma quantidade próxima aos 722 mil da Bienal paulista bash ano passado. A Feira bash Livro, evento aberto e de caráter distinto que aconteceu nary bairro paulistano bash Pacaembu em junho, teve 80 mil visitantes.

O coordenador bash evento, Rogério Robalinho, atribui o crescimento a fatores como o reforço da estratégia de comunicação, cada vez mais voltada a jovens, e ao oferecimento de cashback, em que parte bash valor bash ingresso de R$ 30 se converte em crédito para livros.

Também não doeu a popularidade de escritores de fama internacional, como Mia Couto, nacional, como Raphael Montes, e regional, como a jovem Mih Tanino.

A Bienal costuma valorizar autores e editoras não só de Pernambuco, mas dos estados bash Nordeste, mobilizando público de toda a região em seus 30 anos de estrada. "Fazemos um esforço imenso para atrair instituições, sindicatos, até times de futebol para que se comprem livros nessa oportunidade."

O apoio de governos de várias esferas, emendas parlamentares e patrocínio da Petrobras via Lei Rouanet permitiram aumentar o espaço da Bienal em 30% dessa vez. Mas, pelo excesso de público, tiveram que abrir um novo auditório nary meio bash festival para dar conta.

Ainda assim o coordenador diz que pôr cada edição de pé é como "fazer um jumbo levantar voo com pouca gasolina". "Aí fazemos a travessia, descemos e começamos tudo de novo. É insano."

Parte disso se deve à dificuldade de fazer com que grandes empresas bash Sudeste deem a devida atenção e investimento ao evento, mesmo com o grande público que ele já reúne. Para se ter uma ideia, foi a primeira vez que a Companhia das Letras, maior grupo editorial bash país, teve estande próprio ali. Outras editoras, nem isso.

É O COMEÇO A Bazar bash Tempo decidiu aumentar a presença de autoras brasileiras de ficção nary seu catálogo, após o primeiro romance nacional publicado pela editora, "No Muro da Nossa Casa", de Ana Kiffer, ter sido indicado ao prêmio São Paulo de Literatura. A casa especializada em literatura de mulheres investe em romancistas estreantes, como a carioca Clarisse Escorel e a piauiense Laís Romero, e em autoras com mais estrada como Paloma Vidal, argentina radicada nary Brasil.

É O MEIO No campo da não ficção, em que a Bazar é mais experiente, haverá um livro de crônicas da jornalista Cris Fibe, especializada em questões de gênero, uma obra sobre maternidade da jornalista Marcella Franco e uma coletânea da professora Lígia Fonseca Ferreira, uma das principais pesquisadoras bash abolicionista Luiz Gama.

É O FIM A Relicário fechou contrato para publicar livros da série "The Last Interview and Other Conversations", que reúnem arsenic últimas entrevistas dadas por grandes autores ao lado de outros textos jornalísticos em que falam sobre sua biografia e seu processo criativo. A coleção archetypal tem 42 títulos, e a casa brasileira já adquiriu os dedicados às escritoras americanas Toni Morrison, Ursula K. Le Guin e Octavia Butler. Os livros começam a sair em 2026.