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Bispo diz ter pedido por Jorge Messias no STF em visita a Lula no mês passado

O bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus no Brás, declarou nesta terça-feira (11) ter pedido ao presidente Lula (PT) que considerasse a indicação do Advogado-geral da União, Jorge Messias, para ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ferreira visitou Lula no Palácio do Planalto no dia 16 de outubro, junto de outros representantes da Assembleia de Deus. Também participou do encontro o próprio Messias, visto como o nome cogitado pelo petista para ocupar a cadeira deixada por Luis Roberto Barroso, que se aposentou no mês passado.

"Fui interceder por um irmão que é crente da Igreja Batista", contou Ferreira em entrevista ao programa Debate Mais, do canal Cristão Também Pensa, no YouTube. "E que pode ser o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal", acrescentou ele.

Segundo Ferreira, ele disse a Lula que "a comunidade evangélica vê com bons olhos a nomeação do Messias para o cargo de ministro do STF" e observou que, caso ele seja escolhido, ficará no posto pelos próximos 30 anos –Messias tem 45 anos e a idade para se aposentar na corte é de 75 anos.

Evangélico, Messias teve papel importante como interlocutor do governo Lula com o segmento, que é mais ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Diácono de uma congregação em Brasília, ele costuma usar seus discursos e redes sociais para fazer comentários sobre como a Bíblia influencia suas visões sobre o mundo.

Como mostrou a Folha, o AGU se tornou a principal referência jurídica no governo federal desde que o ex-ministro da Justiça Flávio Dino assumiu uma cadeira no STF, em fevereiro do ano passado.

A preferência de Lula tem provocado críticas pelo fato de, mais uma vez, o presidente optar por um homem, e não uma mulher, para o posto. A corte tem 11 ministros, sendo dez homens e apenas uma mulher –a ministra Cármen Lúcia.

Levantamento da Folha mostra que, se Messias for escolhido, o Supremo seguirá com maioria de ministros homens por mais quase duas décadas. O dado foi utilizado por um procurador do TCU (Tribunal de Contas da União) para pedir que novas indicações masculinas fossem impedidas enquanto não houver a mesma quantidade de homens e mulheres na corte.

Apesar da visita, Ferreira enfatizou durante o programa que não é petista e disse que participou do encontro para "segurar a mão contra a igreja". Além de ter intercedido por Messias, ele enumerou outros três motivos para o encontro com Lula:

"Eu fui ao presidente, um, para orar por ele. Dois, para dizer para ele que a igreja evangélica é uma igreja de pacificação. Três, agradecê-lo porque, este ano, ele sancionou uma lei que deixa claro que o ministro não tem direito a direitos trabalhistas", disse.

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