Bitcoin perde patamar-chave e afeta mercado cripto; recuperação é possível?

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Investing.com – O mercado de criptomoedas registra baixa nesta terça-feira, 23. O recua abaixo de 39.000 dólares na metade do pregão e puxa os demais criptoativos.

No acumulado do mês, o bitcoin já acumula uma desvalorização de mais de 7%, após quatro meses seguidos de fortes altas.

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“A aprovação dos ETFs de à vista foi um caso de ‘vender na notícia’. Desde o lançamento dos ETFs em 11 de janeiro, o preço do bitcoin despencou 16%, e alguns investidores de longo prazo estão aproveitando para embolsar lucros”, diz Simon Peters, analista especializado em criptoativos da eToro.

“Quase duas semanas depois da aprovação dos ETFs à vista, já começam a se destacar alguns favoritos. Como esperado pela maior parte da comunidade criptográfica, o IBIT (iShares bitcoin Trust da Blackrock (NYSE:)) e o FBTC da Fidelity estão abocanhando a maior fatia do mercado, representando atualmente 19% e 20% do mercado total de ETFs, respectivamente”, afirma Peters.

De acordo com este especialista, “o GBTC da Grayscale ainda tem a maior quantidade de bitcoins de todos os ETFs à vista, com 53% do mercado, mas isso foi conquistado nos seus tempos de fundo de investimento, antes de virar ETF. Desde que virou ETF, o GBTC teve saídas líquidas totais de 66.500 BTC (cerca de 2.600 milhões de dólares a preços de mercado atuais), provavelmente por causa das altas comissões, que levaram os investidores a buscar alternativas mais baratas”.

Mudança de Tendência?

Apesar dessas quedas, “com a continuidade dos aportes nos ETFs e o aumento da expectativa em torno do próximo halving, esperamos ver o preço do bitcoin encontrando sustentação e potencialmente iniciando outra onda de alta”, ressalta Peters.

“Dependendo do resultado da divulgação desses dados, poderia mudar a percepção do mercado sobre quando e com que intensidade o Federal Reserve poderia começar a cortar os , o que, por sua vez, poderia influenciar o apetite dos investidores por ativos de maior risco, como as criptomoedas”, finaliza o especialista.