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Black Friday com Selic em 15%: otimismo persiste, apesar de juros altos

Juros altos dificultam o acesso ao crédito. Para segurar os preços da economia, a política monetária contracionista torna o dinheiro mais caro visando limitar a demanda por bens e serviços. "[A taxa de juros] é prejudicial tanto para a produção quanto para as vendas", lamenta Mauro Francis, presidente da Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings).

Comércio eletrônico vê efeitos limitados. A avaliação considera que o setor é menos sensível aos juros, principalmente em momentos de descontos. "Se a pessoa tem um poder de consumo menor, ela quer economizar e recorre à internet para encontrar condições melhores", diz Fernando Mansano, presidente da Abiacom (Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce).

Compras parceladas ficaram mais difíceis. A situação reconhecida por Mansano considera que os lojistas reduziram o número de parcelas oferecidas sem custo adicional aos clientes. "O e-commerce vem desacelerando o pagamento de longo prazo nos últimos anos, de 10 ou 12 prestações sem juros. Em alguns sites, os juros são adicionados a partir da segunda parcela", afirma Mansano.

É comum vermos uma migração dos consumidores para os pagamentos à vista quando conseguem reunir o valor, justamente para fugir dos juros altos. Quando isso não é possível, procuram alongar ao máximo o prazo dos pagamentos.
Alexandre Della Volpe, diretor de marketing da RCELL

Expectativas positivas

Lojistas mantêm otimismo, apesar dos juros. Mesmo diante das adversidades, o setor deve alcançar um recorde de vendas. Estimativas da Abiacom indicam que a semana da Black Friday vai movimentar R$ 13,34 bilhões no comércio eletrônico brasileiro, aumento de 14,74% em relação ao volume de vendas de 2024 (R$ 11,63 bilhões).

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