Modelo de bloqueio adotado não inibe o jogo ilegal. O presidente da ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias), Plínio Lemos Jorge, afirma que as interrupções de acesso à URL são insuficientes. "Conversamos com a Anatel sobre o bloqueio do DNS, que representa a raiz do site, impedindo os usuários de encontrarem essas bets na internet", diz ele.
Quando a raiz é bloqueada, não é possível identificar o site, porque a URL permanece inalterada. Isso cria dificuldade para o dono do site ilegal e mostra a necessidade de o apostador buscar um site regular.
Plínio Lemos Jorge, presidente da ANJL
Redirecionamentos para sites e apps são comuns. Mesmo após os banimentos, as estratégias direcionam os usuários para outros mecanismos de apostas. "O bloqueio não impede que um site seja redirecionado, mas isso depende de como ele foi implementado e das intenções de quem está tentando contornar a restrição", explica André Perin, professor de engenharia da FEI.
Os aplicativos móveis não dependem de uma interface pública via URL e podem ser mais difíceis de bloquear do que sites acessados diretamente pelo navegador.
André Perin, professor de engenharia da FEI
Outros países também sofrem para impedir apostas. Nem mesmo a China, onde a prática é considerada ilegal, consegue banir 100% dos sites, conta José Francisco Manssur, advogado que atuou no Ministério da Fazenda durante o processo da regulamentação das casas de aposta. "O Reino Unido, país que consegue o maior controle do mundo, tem 20% dos sites fora do mercado regulado", diz ele.
A China, que traz enormes dificuldades para acessar o Google, é extremamente ineficiente na proibição das apostas.
José Francisco Manssur, ex-assessor do Ministério da Fazenda
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