O principal índice acionário da Bolsa de Valores renovou máxima histórica intradiária e de fechamento. Pela primeira vez, o Ibovespa tocou os 144.012 pontos, por volta das 11h40, ao subir mais de 1,16%, registrando um novo recorde intradiário, ou seja, atingindo o maior valor da história em algum momento do pregão (e não necessariamente no fechamento). A marca a ser batida era a dos 143.402 pontos, alcançada na última sexta (5). O índice também bateu recorde no encerramento, ao avançar 0,56%, aos 143.150 pontos.
Ibovespa subia mais de 1%, mas desacelerou o ritmo de ganhos com o mercado de olho na popularidade de Lula e no julgamento de Bolsonaro. O índice vinha em alta de mais de 1%, mas reduziu o avanço por volta das 15h, após pesquisa Datafolha indicar que a aprovação da atual gestão subiu para 33%, o melhor índice do ano, próximo da reprovação, que é de 38%. Outros 28% consideram o governo regular. Para investidores, a alta popularidade do petista reduz as chances de mudanças na política de controle das contas públicas, o que aumenta a percepção de risco nos ativos brasileiros.
Em paralelo, o STF formou maioria nesta tarde para condenar Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. O julgamento foi retomado hoje à tarde com a exposição da ministra Cármen Lúcia, que deu o terceiro voto para a condenação do ex-presidente. A única divergência foi do ministro Luiz Fux, que votou ontem pela absolvição de Bolsonaro em todas as acusações (e defendeu até a anulação do caso por questão de competência). O julgamento segue com a análise do presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, que até o fechamento do mercado, às 17h, não havia concluído o voto, mas sinalizava uma condenação aos réus.
O arrefecimento do Ibovespa tem relação com o cenário interno, do julgamento de Bolsonaro, apesar da linha do voto da ministra Cármen Lucia seguir o que o mercado já estava esperando: o mercado entende que o Bolsonaro será condenado. Mas a pesquisa de aprovação de Lula também tem algum peso sobre a dinâmica de mercado interno.
Mas os desdobramentos que podem fazer algum tipo de oscilação podem sair ao longo da próxima semana, mais atrelados às sanções que possam vir dos Estados Unidos diante da condenação de Bolsonaro. Porém isso está no campo das especulações, e é muito difícil cravar algo. O que se pode esperar é um pouco mais de volatilidade, embora a alta de hoje, tanto da Bolsa brasileira quanto das Bolsas globais, esteja muito mais ligada ao ciclo de cortes de juros no exterior.
Matheus Nascimento, analista de crédito na Oby Capital
No campo político, o julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e o temor de novas sanções permanecem no radar, adicionando cautela ao mercado. No entanto, hoje esses fatores não foram suficientes para travar o rali da Bolsa. O principal impulso vem do cenário externo, especialmente da perspectiva de cortes de juros pelo Fed, que alimenta o apetite por risco e se sobrepõe às incertezas domésticas.
Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital

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1 mês atrás
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