Secretário de Segurança Pública de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Guilherme Derrite (PL-SP) foi sondado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar a Prefeitura de São Paulo.
A consulta gerou empolgação em alas do Republicanos e do PP, partido ao qual Derrite foi filiado de 2018 a 2022 e onde estão muitos de seus aliados, que passaram a esboçar uma maneira de colocar o plano em prática. Uma das ideias é tentar construir uma chapa com as duas siglas e o PL, que então teria um candidato próprio.
O secretário tem dito que, a princípio, prefere continuar na administração estadual. A assessoria de comunicação de Derrite disse ao Painel que ele não comentará o assunto.
Derrite aparece como uma resposta para problemas que Bolsonaro tem enfrentado em relação à disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024.
Seu partido, o PL, quer apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), mas o ex-presidente não o vê como um representante da direita. Tarcísio também tem indicado que pretende ficar ao lado do emedebista. Ricardo Salles tem a simpatia de Bolsonaro, mas criou rivalidade com a cúpula do PL ao xingá-la publicamente e hoje precisa de uma autorização do partido para deixá-lo e poder disputar a eleição por uma outra legenda sem perder o mandato de deputado federal.
Derrite, por sua vez, poderia se lançar como candidato pelo PL, o que agradaria a direção do partido, poderia ter o apoio de Tarcísio e ofereceria uma candidatura do bolsonarismo raiz com menos percalços e indisposições que a de Salles.
O secretário ainda participaria da disputa como representante da área da segurança pública, que tem sido vista por pré-candidatos como um dos temas centrais da campanha de 2024. A deputada federal Tabata Amaral (SP) fez esse cálculo ao convidar José Luiz Datena para se filiar ao PSB e, possivelmente, para a vice de sua chapa, como mostrou o Painel.
Oficial da reserva da Polícia Militar e deputado federal licenciado, Derrite notabilizou-se nos últimos anos por declarações vistas como um incentivo à letalidade policial, como quando afirmou ser vergonhoso um PM não matar três criminosos em cinco anos. Ele disse à Folha que errou ao fazer declarações do tipo.
Do final de julho ao início de setembro, a Polícia Militar realizou a Operação Escudo, em Guarujá, momento mais crítico da passagem de Derrite pela pasta até o momento. Lançada após a morte a tiros de um policial da Rota na cidade do litoral paulista, a operação deixou 28 mortos, foi criticada por entidades de direitos humanos e foi alvo de denúncias de tortura por moradores da região.

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2 anos atrás
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