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Bombril, ícone do consumo nacional, volta a pedir proteção contra credores

Além dos juros altos, a maior parte das dívidas da Bombril tem prazos curtos. Cerca de 77% do endividamento vence em menos de 12 meses, o que torna a necessidade de rolagem constante um fator de risco. Para agravar a situação, a classificação de risco da empresa foi impactada pelas pendências fiscais, tornando o crédito ainda mais restrito.

Com a recuperação judicial, a Bombril pretende reorganizar suas dívidas e negociar prazos mais longos para pagamento. O processo também suspende execuções e bloqueios de ativos, permitindo que a companhia continue operando enquanto reestrutura seu passivo.

Nos últimos anos, a empresa vinha apresentando sinais de recuperação, registrando lucro contábil de cerca de R$ 100 milhões em 2023. No entanto, sua geração de caixa líquida foi extremamente reduzida, fechando o ano com apenas R$ 1,8 milhão, o que mostra a dificuldade de converter resultados contábeis em recursos disponíveis para investimentos e pagamento de dívidas.

Na petição inicial, a Bombril afirma que, com a renegociação da dívida tributária e um plano de recuperação bem-sucedido, poderá retomar sua competitividade no mercado de produtos de limpeza. Entretanto, o sucesso desse processo dependerá da aprovação dos credores e da capacidade da empresa de manter suas operações de forma sustentável durante a reestruturação.

História de um ícone da indústria nacional

A Bombril foi fundada em 1948 por Roberto Sampaio Ferreira, que recebeu uma máquina de produção de lã de aço como pagamento de uma dívida. Sem compradores para o equipamento, ele decidiu colocá-lo em operação e introduziu no mercado um produto inovador, que logo se tornaria essencial para a limpeza doméstica no Brasil. Inspirado em um produto similar nos Estados Unidos, Ferreira expandiu a operação e consolidou a marca como líder do setor.

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