O Plinq, lançado em maio de 2025, é um site que ajuda mulheres a descobrirem se as pessoas com quem estão se relacionando possuem antecedentes criminais, processos e mandados de prisão — de forma rápida, clara e anônima. Criada por Sabrine Matos, a plataforma divulga informações essenciais para impedir que usuárias se vejam em situações de risco com um parceiro, oferecendo um sistema de bandeiras durante a consulta: vermelha, amarela ou verde, conforme o nível de gravidade do resultado.
Desde sua estreia, o software se expandiu rapidamente. Além de parceiros amorosos, as usuárias podem verificar o status de motoristas de aplicativos, professores, amigos, médicos e outros prestadores de serviço, sempre com foco na própria segurança. A seguir, saiba mais sobre o site, entenda se esse tipo de pesquisa é legal e veja como fazer a assinatura.
Nas linhas a seguir, saiba tudo sobre a Plinq, plataforma que tem foco total na segurança das mulheres — Foto: Mariana Saguias/TechTudo O que é a Plinq e como funciona a consulta de antecedentes?
Buscas no Plinq podem ser feitas com informações simples, como nome completo e telefone — Foto: Divulgação/Plinq Lançada em maio de 2025, a Plinq é uma plataforma criada para permitir que mulheres consultem, de forma rápida e anônima, se um homem tem antecedentes criminais, processos ou mandados de prisão, usando dados públicos. A ideia surgiu da curitibana Sabrine Matos, de 28 anos, que se uniu ao sócio Felipe Bahia para desenvolver a ferramenta com uso de inteligência artificial. O intuito é aproximar essas informações das mulheres, antes que elas iniciem qualquer tipo de envolvimento com pessoas potencialmente perigosas – no início, o foco era os relacionamentos amorosos, mas as usuárias já passaram a utilizar a Plinq até mesmo para checar motoristas de apps de carona ou médicos, por exemplo. O projeto cresceu rapidamente: em poucos meses, já ultrapassava 15 mil usuárias, segundo o G1.
O funcionamento da Plinq é simples. A usuária insere informações básicas da pessoa, como nome completo, CPF ou telefone, e o sistema cruza dados públicos consultados diretamente em órgãos oficiais, disponíveis em tribunais de justiça, por exemplo. Caso dois “investigados” tenham o mesmo nome, outros dados podem ajudam a diferenciar, como o nome da mãe - vale destacar que ele não é mostrado de forma completa e o CPF aparece somente com os três primeiros dígitos. Ao localizar a pessoa, a ferramenta classifica os resultados em diferentes níveis de risco. Todo o processo respeita a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o objetivo, nas palavras da fundadora, é “proteger, não expor”, sem caráter vexatório. Outro ponto importante é que somente a usuária tem acesso às consultas que realizou.
Sistema de alerta: vermelho, amarelo ou verde
Plinq reúne informações como antecedentes criminais, processos e mandados de prisão, com foco na segurança das mulheres — Foto: Divulgação/Plinq A Plinq utiliza um sistema de bandeiras coloridas para sinalizar a situação jurídica da pessoa consultada. A green flag (verde) indica que não há registros criminais conhecidos; a yellow flag (amarela) aparece em casos que estão sob segredo de justiça, quando não é possível determinar o papel do indivíduo no processo; a red flag (vermelha) indica a presença de processos criminais ou mandados de prisão. Além de mostrar as cores, a plataforma oferece mensagens explicativas que orientam a usuária sobre como agir com base no resultado.
Em uma checagem que resulta em red flag, por exemplo, o sistema recomenda que a mulher proceda com cautela, priorize a própria segurança e busque conversar abertamente com a pessoa antes de qualquer encontro. Já no caso da green flag, a ferramenta alerta que a ausência de registros públicos não significa que não exista risco, já que nem todos os casos chegam à Justiça. Esse formato intuitivo permite que qualquer pessoa compreenda o retorno da pesquisa sem precisar conhecer termos jurídicos.
A história por trás da Plinq: feminicídio que chocou o Brasil
Ferramenta já ajudou diversas mulheres a se livrarem de situações de risco — Foto: Divulgação/Plinq A criação da Plinq nasceu de uma tragédia. Em fevereiro de 2025, a jornalista Vanessa Ricarte, do Mato Grosso do Sul, foi assassinada a facada pelo ex-noivo - um homem com 14 processos por violência doméstica em andamento. A história comoveu o país e foi o estopim para Sabrine Matos idealizar uma ferramenta que desse às mulheres acesso fácil a informações que poderiam salvar vidas. “O que me chocou foi que ela deixou um áudio dizendo que, se soubesse, nunca teria se envolvido com ele”, contou Sabrine à Marie Claire. Desde então, a empreendedora transformou o trauma coletivo em um projeto de prevenção. A Plinq já acumula mais de cem relatos de mulheres que evitaram situações de risco, tornando-se uma aliada na segurança feminina.
É legal consultar antecedentes criminais de alguém?
O TechTudo conversou com o advogado criminalista Fillipe Roulien para entender se esse tipo de pesquisa está dentro da legalidade. Segundo ele, “a consulta de antecedentes criminais pode ser feita legalmente, inclusive por qualquer cidadão. No próprio site da Polícia Federal há um link específico para emissão de certidão de antecedentes criminais”, afirma. Além disso, é possível requerer certidões nos cartórios distribuidores dos tribunais, tanto estaduais quanto federais, eleitorais e militares. Ou seja, qualquer tribunal pode fornecer essas informações por meio de certidões de antecedentes.
O advogado ainda explica que esse acesso é amparado pela legislação brasileira: “a Lei nº 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação, estabelece que a regra é a publicidade das informações, salvo exceções previstas em lei”. Em resumo, a Plinq opera com dados públicos, disponibilizados para qualquer cidadão; o que a plataforma faz é organizar as informações de uma forma acessível, clara e legal.
Quanto custa e como assinar a Plinq?
Assinatura anual da Plinq dá acesso a recursos como buscas ilimitadas — Foto: Divulgação/Plinq O plano anual da Plinq custa R$ 97 e dá acesso a pesquisas ilimitadas, busca avançada de registros criminais e alerta de atualização de status. A comunidade é fechada, com foco total em mulheres, e a assinatura pode ser feita através do site oficial (www.plinq.com.br). Para cadastro, é preciso inserir dados pessoais, como nome, CPF, e-mail e endereço, e as informações de pagamento. Em novembro, a expectativa é que o aplicativo da Plinq chegue às usuárias para tornar as pesquisas mais práticas. Além disso, a plataforma busca trazer novidades, como um fórum anônimo para trocas de mensagens, o compartilhamento de experiências acerca de pessoas potencialmente perigosas e um sistema de localização para compartilhar a posição das usuárias em tempo real, facilitando o monitoramento em encontros, por exemplo.
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4 semanas atrás
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