Bradesco lucra R$ 6,2 bilhões, mas ritmo desacelera e ações operam em queda

A carteira de crédito expandida do Bradesco alcançou R$ 1,03 trilhão, uma alta de 9,6% na comparação anual, com crescimento de 1,6% na comparação com o trimestre anterior. Deste total, R$ 451,6 bilhões estão no segmento Pessoa Física (alta de 13,8%), enquanto os empréstimos para pessoas jurídicas somaram R$ 582,7 bilhões.

Consignado

O banco segue ganhando mercado na carteira de crédito consignado, alcançando a marca de R$ 101,9 bilhões, com alta de 5,7% no ano. Dentre os bancos privados, o Bradesco lidera no consignado, com 15,4% de participação no INSS e de 14,3% junto a servidores públicos. No crédito consignado privado, contudo, o banco vinha atuando com cautela. "A gente deu a largada no consignado privado com muito rigor, priorizando empregadores com os quais a gente já tinha relacionamento e só liberando crédito para quem tinha pelo menos 1 ano de trabalho. Enquanto o mercado está carregando uma inadimplência de 11%, a nossa é de 3%. Agora devemos entrar com uma política um pouco mais flexível e devemos voltar a crescer", diz Noronha.

Saque-aniversário

Para Noronha, as mudanças nas regras do saque-aniversário, que entram em vigor no dia 1º de novembro, vão reduzir a atratividade do produto, mas o impacto para o banco não será grande. "O mercado vinha trabalhando com certo exagero de prazo. Não é injusto limitar os prazos, que estavam muito abertos. Mas a gente não trabalha assim, nosso prazo é menor, com entrega de um valor presente mais convidativo para o cliente. Então é justo a redução de prazo. Mas o produto ficou tão apertado que talvez perca a atração", afirmou o CEO do banco, Marcelo Noronha.