Bradesco tem lucro de R$ 6,2 bilhões no trimestre, alta de 18,8%

Crédito cresce e foco é em pequenas empresas. A carteira de crédito do Bradesco chegou a R$ 1,034 trilhão, crescimento de 9,6% em um ano, impulsionado principalmente por operações com micro, pequenas e médias empresas e pessoas físicas. Houve também aumento das linhas de crédito com garantia, que passaram de 58,5% em junho para 59,5% em setembro. Entre as empresas, o destaque foram produtos como desconto de recebíveis e capital de giro com apoio de fundos garantidores (FGI e FGO). No caso dos clientes pessoa física, cresceram as linhas de empréstimo consignado, crédito rural e cartão de alta renda.

O custo do crédito aumentou 20,1% em um ano, com provisões para perdas somando R$ 9,36 bilhões, alta de 15,7%. O banco justificou o aumento por "operações específicas do segmento atacado". Apesar disso, a inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,1%, praticamente estável em relação ao trimestre anterior e ligeiramente menor que os 4,2% de um ano atrás. A receita com recuperação de crédito caiu 16,7% no comparativo anual, para R$ 805 milhões.

A receita total do Bradesco chegou a R$ 35 bilhões, alta de 13,1% em 12 meses. As receitas de serviços, como tarifas e administração de fundos, cresceram 6,8% no mesmo período, somando R$ 10,6 bilhões.

O grupo Bradesco Seguros também teve bom desempenho, com lucro líquido recorrente de R$ 2,5 bilhões, alta de 6,5% no ano, e queda de 3,4 pontos percentuais no índice de sinistralidade, agora em 72,8%.

Ao fim de setembro, o Bradesco mantinha 2.059 agências, ante 2.355 no mesmo período de 2024, e 81,6 mil funcionários. O banco manteve suas projeções para 2025, com expectativa de crescimento de 4% a 8% na carteira de crédito e margem financeira líquida entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões no ano.

Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters