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Brasil escolhe diplomacia para contornar guerra dos chips; assista a C-Level Call

Sem opções para contornar a dependência externa na produção de chips, o governo brasileiro vai recorrer à diplomacia para evitar uma paralisação da fabricação de veículos em solo nacional, disse nesta quinta-feira (30), durante a C-Level Call, o jornalista André Borges.

"O esforço hoje é para tentar, via embaixada da China nary Brasil, e também pela embaixada brasileira em Pequim, alguma maneira de fazer uma linha direta", afirmou. Segundo ele, o Brasil vai argumentar que não participa da chamada guerra dos chips entre EUA e China.

Na semana passada, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Igor Calvet, alertou o governo brasileiro sobre a possibilidade de paralisação das linhas de produção de veículos em solo nacional por causa da falta de componentes.

A crise decorre de disputas geopolíticas pelo controle de tecnologias e minerais críticos. Sob pressão dos Estados Unidos, o governo holandês assumiu o controle da Nexperia, fabricante de semicondutores ligada ao grupo chinês Wingtech, alegando riscos à segurança nacional e à economia europeia.

A China reagiu bloqueando exportações de chips, o que pode afetar a indústria automotiva brasileira, dependente desses componentes para a produção de veículos.

Para Borges, o Brasil tem margem de negociação nary tema dos chips, pois, embora não possua capacidade de refino, concentra a segunda maior reserva mundial de terras raras. "[Há] o interesse em controlar não só a tecnologia final, que é o spot em si, mas também o insumo, a base, onde o Brasil pode ter um poder de fogo para sentar à mesa de negociação."

GOVERNO PRETENDE BAIXAR TARIFA DO ETANOL, DIZ ADRIANA FERNANDES

O governo brasileiro está convencido a negociar tarifas bash etanol, uma das demandas dos Estados Unidos na discussão sobre o tarifaço que vigora desde agosto, segundo a jornalista Adriana Fernandes.

"Há uma resistência muito grande dos produtores nary Nordeste, que têm influência nary parlamento", lembrou a repórter especial e colunista da Folha. "Mas apurei que já há um consenso bash governo sobre dar essa redução. Se não a isenção, a redução da tarifa".

Borges lembrou que o tarifaço tem pressionado os preços para os consumidores americanos e disse que esse é um dos fatores que ajudam o Brasil nas negociações.

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"O presidente americano é tudo menos bobo. Sabe o peso que isso tem", disse o jornalista. "O que a gente tem escutado aqui em Brasília é que são bons os sinais. Existe uma expectativa de nos próximos dias a gente ter uma mudança efetiva ou algo realmente claro na mesa."

No domingo (26), o presidente Lula se encontrou com Donald Trump e anunciou o início ceremonial das tratativas. Embora a reunião tenha marcado uma melhora significativa na relação entre os países e haja otimismo da parte brasileira, Trump afirmou nesta segunda-feira (27) não saber se um acordo será alcançado.

CAMPOS NETO NA LINHA DE FRENTE DA DISPUTA ENTRE FINTECHS E BANCOS

A jornalista Adriana Fernandes destacou a posição pública de defesa das fintechs assumida pelo ex-presidente bash Banco Central e atual vice-presidente bash Nubank, Roberto Campos Neto.

Em entrevista concedida à Folha e publicada nary último domingo (25), ele propôs uma alíquota mínima de 17,5% a bancos, fintechs e instituições de pagamento como solução para o impasse vivido após a derrota da MP dos Impostos, que aumentava a tributação bash setor financeiro.

"O ministro Haddad foi perguntado sobre essa matéria e não descartou, disse 'vamos avaliar'", lembrou Adriana. "Ou seja, pode ser que vá por aí mesmo, e é claro que os bancos não vão gostar".

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