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Brasil quer surfar na 'pistache mania', mas produção é viável?

A febre do pistache no Brasil é sintoma da expansão agrícola americana, apontam especialistas. A produção excedente para o abastecimento nacional fez os EUA traçarem estratégias mais agressivas para exportar para outros mercados, apontou um relatório do analista David Maganã, do Rabobank.

"Terreno fértil para exportadores", escreveu o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre o Brasil em 2024. No mesmo relatório, o USDA descreve ações de promoção do pistache, que vão desde participação em feiras internacionais de alimentos, projetos com chefs influentes no Brasil e aulas de culinária para influencers.

O consumo de pistache no Brasil teve um aumento notável nos últimos cinco anos, impulsionado por sua crescente popularidade na gastronomia e em produtos como sorvetes. A versatilidade culinária da noz despertou o interesse dos consumidores, levando a um crescimento consistente no consumo.
USDA Brazil

As importações de pistache para o Brasil triplicaram nos últimos anos. Os brasileiros estão consumindo cada vez mais pistache. Entre 2018 e 2021, a importação de pistache caía ano a ano, chegando a 311 toneladas (2021). Depois, só cresceu, quase duplicando a cada ano: 352 toneladas em 2022; 601 toneladas em 2023; e 1,1 mil toneladas em 2024, mostra o ComexStat, plataforma do governo federal com dados sobre o comércio exterior. Dados de 2025 até o mês de março.

Estados Unidos abocanham cada vez mais o mercado brasileiro, passando por cima do Irã, principalmente. Desde 2021, a participação do pistache americano nas importações brasileiras só aumenta, enquanto a de outros países, como Irã, perdem espaço. Em 2024, pico das importações, 86% do pistache consumido no Brasil veio dos EUA.

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