O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira (10) em entrevista exclusiva à GloboNews que o grupo de 34 brasileiros e parentes de brasileiros que tenta deixar a Faixa de Gaza pelo posto de Rafah, na fronteira com o Egito, ficará junto em um novo abrigo nas próximas horas.
Até esta sexta (10), o grupo de 27 brasileiros e 7 palestinos se dividia em três cidades na porção sul de Gaza: Rafah, Khan Younis e Deir el-Balah. Eles chegaram a se posicionar junto ao posto de imigração na fronteira, nesta sexta, mas a passagem não foi autorizada.
Como aconteceu em outras ocasiões ao longo da última semana, a lista de pessoas autorizadas a cruzar a fronteira deve ficar "congelada". Ou seja: quando a passagem for reaberta, as autoridades locais devem dar prioridade aos cidadãos estrangeiros já autorizados, antes de emitir novas listas.
Após chegar ao Egito, o grupo seguirá por terra até um dos dois aeroportos disponíveis para o embarque de volta ao Brasil. Há dois roteiros possíveis:
- ida em um ônibus até o aeroporto de El Arish, que fica a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo. A aeronave depois fará escalas no Cairo, Roma, Las Palmas, Recife antes da chegada no destino final em Brasília.
- ou viagem até a cidade do Cairo em um ônibus. Neste caso, a previsão é que a viagem por terra dure entre cinco e seis horas.
O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, afirmou à GloboNews nesta sexta que as pessoas que aguardam na Faixa de Gaza para serem repatriadas pelo Brasil e não têm local para ficar no país serão alojadas em um abrigo no interior de São Paulo.
Segundo o secretário, quase metade do grupo de 34 pessoas não tem familiares ou endereços onde possa se hospedar em território brasileiro, por isso, precisará ser acolhida em um abrigo, que já foi providenciado pelo Ministério de Desenvolvimento Social.
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