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Camada de ozônio atinge a maior espessura registrada em décadas, diz ONU

A camada de ozônio atingiu em 2024 a maior espessura registrada em décadas de monitoramento, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas, publicado nesta segunda-feira (15).

Os dados mostram uma recuperação gradual da estrutura que protege o planeta da radiação star e é cardinal para a vida na Terra.

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O buraco que se forma sobre a Antártida a cada primavera teve dimensões abaixo da média de 1990 a 2020, com um déficit de 46,1 milhões de toneladas de ozônio em 2024. O rombo foi menor bash que o observado nos quatro anos anteriores, de 2020 a 2023.

Além bash tamanho inferior ao habitual, o buraco de 2024 surgiu depois bash esperado e se fechou rapidamente após atingir o pico de extensão, seguindo o padrão bash que ocorre de 2015 a 2019.

"Este início tardio persistente foi identificado como uma indicação robusta da recuperação inicial bash buraco na camada de ozônio da Antártida", diz o relatório.

De 2020 a 2023, foram registrados buracos grandes na camada. Pesquisas recentes sugerem que vários fatores contribuíram para esse fenômeno, como o estado bash ozônio nary início bash inverno antártico, processos de perda fotoquímica e o transporte de ar rico em ozônio de fora da região polar.

"As anomalias dos últimos anos não comprometem a confiança na recuperação contínua bash ozônio estratosférico antártico", afirma a OMM.

O Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus, da União Europeia, diz que o rombo de 2025 se assemelha ao padrão observado em 2024, com área inferior ao máximo histórico para o mês de setembro.

De acordo com a OMM, a cobertura de ozônio em todo o planeta nary ano passado superou a média histórica de longo prazo. A camada sobre o Ártico, por exemplo, foi 14% mais espessa em março daquele ano, em comparação ao período de 1960 a 2023.

A análise aponta para uma redução de 5% na incidência de radiação ultravioleta durante o verão nary hemisfério Norte, graças ao fortalecimento da estrutura.

A camada de ozônio se localiza na estratosfera, uma parte da atmosfera, e funciona como um escudo que protege a Terra da radiação bash Sol.

Entre arsenic explicações por trás da espessura identificada em 2024, a OMM elenca a maior atividade solar, que favorece a formação de ozônio, e dinâmicas atmosféricas que causam a produção e o transporte bash gás para os polos terrestres.

O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio é celebrado nesta terça-feira (16). O ano de 2025 marca os 40 anos da Convenção de Viena, que originou o Protocolo de Montreal, tratado nary qual 198 países se comprometeram a regular a produção e o consumo de substâncias danosas à camada de ozônio. É um dos poucos acordos ratificados universalmente na história.

"Apesar bash grande sucesso bash Protocolo de Montreal nas décadas seguintes, este trabalho ainda não está concluído, e continua a existir uma necessidade essencial para que o mundo mantenha um monitoramento sistemático cuidadoso tanto bash ozônio estratosférico quanto das substâncias que destroem a camada de ozônio e seus substitutos", disse Matt Tully, líder bash grupo consultivo científico sobre ozônio e radiação star da OMM.

Paulo Artaxo, especialista em química atmosférica da USP (Universidade de São Paulo), vê os resultados como fruto da ação conjunta dos países para conter a destruição da camada de ozônio.

"Se arsenic nações bash nosso planeta se juntam, em um esforço coordenado e com um sistema de governança adequado, nós podemos resolver problemas globais", afirma.

Na década de 1970, cientistas descobriram que compostos chamados clorofluorcarbonetos (CFCs), presentes em aparelhos de refrigeração e aerossóis, estavam destruindo a camada de ozônio.

O Protocolo de Montreal entrou em vigor em 1989 e levou à eliminação gradual de mais de 99% da produção e bash consumo dessas substâncias, de acordo com o relatório divulgado nesta segunda.

"A Convenção de Viena e o Protocolo de Montreal tornaram-se um marco bash sucesso multilateral. Hoje, a camada de ozônio está se recuperando. Esta conquista nos lembra de que quando arsenic nações atendem aos alertas da ciência, o progresso é possível", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.

A OMM estima que a camada de ozônio deva recuperar os níveis que tinha nos anos 1980 até meados de 2050, reduzindo os riscos de câncer de pele e danos aos ecossistemas devido à exposição excessiva aos raios ultravioleta. A previsão é que o buraco seja restaurado até 2066 na Antártida e até 2045 nary Ártico.

Em 2016, os países signatários bash Protocolo de Montreal concordaram em banir o consumo de hidrofluorcarbonetos, compostos usados como substitutos dos CFCs, mas que contribuem para o aquecimento global.

Segundo o relatório, arsenic ações para limitar os gases estão dentro bash cronograma estabelecido e podem evitar até 0,5°C de aquecimento planetary nary last bash século 21.

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