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Celular da Tesla existe? Veja se a empresa de Elon Musk faz smartphones

A Tesla não produz celulares, e nunca anunciou um smartphone próprio, mas isso não impediu que o chamado “Tesla Phone” voltasse a ganhar força nas buscas após anúncios surgirem em marketplaces brasileiros. A curiosidade não é nova: desde 2023, artes conceituais circulam como se fossem vazamentos reais, alimentando a percepção de que a empresa de Elon Musk teria um telefone em desenvolvimento. Desde então, o tema ressurge sempre que algum vendedor usa o nome da marca para promover aparelhos importados.

Mesmo com o interesse, não há qualquer projeto confirmado no setor mobile. O próprio Elon Musk já comentou que só consideraria criar um telefone em um cenário extremo, como um bloqueio ao aplicativo X — algo improvável. A confusão também acontece porque existe outra empresa chamada Tesla, uma fabricante europeia de eletrônicos que produz celulares, TVs, eletrodomésticos, monitores e outros dispositivos de energia, sem qualquer relação com a Tesla de Musk. Nas linhas a seguir, o TechTudo explica o que é mito, o que é verdade e como identificar produtos confiáveis.

 Reprodução/YouTube Conceito Tesla Phone — Foto: Reprodução/YouTube

O “Tesla Phone” existe? Entenda o que está por trás dos anúncios e das buscas

Nesta matéria, o TechTudo te mostra o que é o suposto celular da empresa de Elon Musk, quem realmente fabrica os aparelhos chamados "Tesla" e como identificar produtos confiáveis.

  • O que é a Tesla?
  • A Tesla faz celulares?
  • E os anúncios em marketplaces?
  • Como identificar produtos falsos ou sem procedência

A Tesla é uma empresa norte-americana conhecida mundialmente por seus carros elétricos, sistemas de energia solar e soluções de armazenamento, como as baterias Powerwall. Fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning, a companhia ganhou projeção global após a entrada de Elon Musk como investidor no ano seguinte e, mais tarde, como principal executivo.

Embora seja lembrada principalmente pelos veículos Model S, Model 3, Model X e Model Y, a empresa atua como um ecossistema de energia e mobilidade: produz painéis solares, desenvolve softwares de direção assistida e mantém uma rede própria de recarga rápida, os Superchargers. Toda essa estrutura é voltada à ideia central da marca, que é acelerar a adoção de tecnologias elétricas e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

 Reprodução/Autoesporte Tesla Model Y — Foto: Reprodução/Autoesporte

Essa estratégia explica por que smartphones nunca fizeram parte do portfólio da Tesla. A companhia foca em carros, sistemas de energia e software automotivo e não tem histórico, projetos oficiais ou registros que indiquem a entrada no mercado de celulares.

A Tesla de Elon Musk não fabrica celulares e nunca anunciou um projeto oficial na área. A ideia de um “Tesla Phone” ganhou força em 2022, quando vídeos conceituais criados por fãs viralizaram nas redes sociais, muitos deles mostrando aparelhos fictícios com conexão via Starlink, carregamento solar e integração com o Neuralink. Nada disso existe de fato.

O próprio Elon Musk já comentou o assunto algumas vezes. Durante uma conversa com Joe Rogan, ele chegou a afirmar que só criaria um smartphone se fosse obrigado, como em um cenário extremo em que o aplicativo X fosse banido das lojas da Apple e Google. Em outro momento, reforçou que considera celulares e smartwatches “tecnologias do passado”, já que aposta em interfaces avançadas, como os neuralinks, para o futuro da computação.

 Reprodução Elon Musk já falou algumas vezes do porquê a marca não investe em smartphones — Foto: Reprodução

Na prática, não há qualquer indício de que a Tesla esteja desenvolvendo um smartphone. Não existe registro em órgãos reguladores, patentes relacionadas, menção em relatórios oficiais ou qualquer produto em teste.

E os anúncios em marketplaces?

A presença de celulares chamados “Tesla” em plataformas como Shopee e Magalu pode dar a impressão de que a empresa de Elon Musk comercializa um smartphone próprio. O modelo mais comum é o Tesla EXPLR9, que aparece por cerca de R$ 4 mil reais com ficha técnica robusta: 8 GB de RAM, 256 GB de armazenamento, bateria de 8.300 mAh e certificações de resistência como IP68, IP69K e MIL-STD-810H. A marca “TESLA” gravada na carcaça contribui para que muitos consumidores associem o aparelho diretamente à montadora norte-americana.

Uma análise desses anúncios, porém, revela outra história. Na Shopee, o EXPLR9 é listado com fabricante Positivo Tecnologia S.A., enquanto no Magalu o mesmo produto é descrito como um smartphone de “uma empresa chinesa independente, não relacionada à Tesla de Elon Musk”. Ambos os casos são compatíveis com o portfólio da Tesla.info | Technology for all, fabricante europeia que produz celulares robustos e aparelhos básico, e que não tem qualquer vínculo com a Tesla Inc.

 Reprodução/Tesla.info Smartphone da "Tesla" é na verdade de marca europeia — Foto: Reprodução/Tesla.info

Mesmo quando há informações corretas, como a homologação da Anatel exibida em alguns anúncios, a combinação entre especificações legítimas e o nome “Tesla” estampado cria um ambiente propício para confusão. Assim, o consumidor pode acreditar que está diante de um dispositivo ligado ao ecossistema de Elon Musk, quando, na prática, trata-se de um celular de outra marca que apenas compartilha o mesmo nome comercial.

Como identificar produtos falsos ou sem procedência

Antes de comprar um celular online, vale conferir alguns pontos que ajudam a evitar golpes. O primeiro passo é verificar se o modelo realmente existe no catálogo oficial da marca e comparar fotos, especificações e design com as informações do site da fabricante. Diferenças visíveis em câmera, botões, tela ou acabamento podem indicar que é um dispositivo falso.

Também é importante checar o número de homologação da Anatel, obrigatório para qualquer aparelho vendido legalmente no país. O código deve constar no anúncio e pode ser consultado no site da agência. O IMEI, acessado digitando *#06#, também ajuda a confirmar se o produto não está bloqueado ou associado a irregularidades.

 Reprodução/3u Algumas cópias são extremamente similares aos produtos originais — Foto: Reprodução/3u

Outro cuidado é observar quem está vendendo. Avaliações negativas, descrições vagas, fotos genéricas ou preços muito abaixo da média são sinais de alerta. Lojas confiáveis informam fabricante, nota fiscal e política de devolução de forma clara. Por fim, desconfie de anúncios com recursos exagerados, promessa de desempenho fora do padrão ou que misturem informações incompatíveis. Esses detalhes costumam ser usados para atrair cliques e podem indicar produtos de origem duvidosa.

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