Entre as cooperativas gaúchas de energia, nenhuma foi mais afetada com os recentes eventos climáticos no Rio Grande do Sul do que a Certel, que tem sede em Teutônia e atende a 48 municípios. O presidente da Certel e da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), Erineo José Hennemann, informa que em torno de 46 mil associados da cooperativa chegaram a ficar sem luz, mas no momento 99% dos consumidores já estão recebendo novamente energia, faltando menos de 50 associados para serem restabelecidos.Jornal do Comércio (JC) - Quando a Certel conseguirá retomar a luz a todos os seus consumidores?
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Entre as cooperativas gaúchas de energia, nenhuma foi mais afetada com os recentes eventos climáticos no Rio Grande do Sul do que a Certel, que tem sede em Teutônia e atende a 48 municípios. O presidente da Certel e da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), Erineo José Hennemann, informa que em torno de 46 mil associados da cooperativa chegaram a ficar sem luz, mas no momento 99% dos consumidores já estão recebendo novamente energia, faltando menos de 50 associados para serem restabelecidos.
Jornal do Comércio (JC) - Quando a Certel conseguirá retomar a luz a todos os seus consumidores?
Erineo José Hennemann - Estamos fazendo o possível para chegar a 100% nesta quinta-feira (23), mas tudo depende dos acessos. Agora estão, praticamente, 99% dos consumidores ligados, são menos de 50 associados sem luz. Mas, tem algumas localidades pequenas em que desapareceu tudo, postes, transformadores e, em muitos lugares, a maior tristeza é que tu chegas e não tem nem mais casa. No pico, tivemos mais de 400 pessoas trabalhando (na religação dos associados).
JC - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a Certel chegou a ficar com cerca de 46 mil associados sem energia, o que representa em torno de dois terços do mercado da cooperativa. Confere esse dado?
Hennemann - É isso aí. Porque a (área da concessão da) Certel é dividida pelo rio Taquari e a margem direita do Taquari é onde fica Lajeado, onde fica esse número de associados. Como houve a queda das linhas de transmissão que passam pelo rio, toda essa margem direita ficou sem energia. A margem esquerda, que tem uma subestação que alimenta a região de Teutônia, não teve essa contingência.
JC - As cooperativas de energia conseguiram se ajudar nesse evento climático que impactou a maior parte do Rio Grande do Sul?
Hennemann - Isso é o diferencial do cooperativismo, houve uma integração muito grande. Nós tivemos oito ou nove cooperativas que vieram imediatamente nos ajudar. O que nos deixou com a emoção à flor da pele foi a forma voluntária que as cooperativas de energia de Santa Catarina se prontificaram a vir para cá nos ajudar.
JC - As outras cooperativas gaúchas do sistema Fecoergs também sofreram muitos prejuízos com as chuvas?
Hennemann - A mais impactada foi a Certel, mas a Certaja (de Taquari) foi uma que teve e está tendo reflexos. Porque ela está nas margens dos rios Taquari, Jacuí e Caí e esses rios, principalmente o Jacuí, estão demorando para baixar seus níveis. As cooperativas de Fontoura Xavier, a Cerfox, e a de Viamão (Coopernorte) também foram impactadas.
JC - As cooperativas e particularmente a Certel já têm a estimativa do prejuízo financeiro dessa catástrofe climática?
Hennemann - Agora que estamos começando a fazer esse levantamento, porque o foco foi retornar a energia para os associados. Contudo, só a Certel teve mais de 1 mil postes que desapareceram ou quebraram. Duas torres de metal no rio Taquari caíram, uma delas desapareceu e a outra está toda torta que não dá para aproveitar. Subestações com água. É um prejuízo elevadíssimo, que não tem como uma empresa suportar.
JC - A recuperação desses ativos dificilmente pode ser repassada para a tarifa, pois iria onerar muito o consumidor. Terá que haver apoio do poder público quanto à disponibilidade de recursos?
Hennemann - Para as elétricas todas. E tivemos queda de faturamento também. Mas, estamos enxergando uma sensibilidade muito grande dos governos federal e estadual, da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), da Aneel. Mais de R$ 1 bilhão (estimativa do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, quanto aos danos na rede elétrica gaúcha) é um valor que não pode sair do bolso de quem foi afetado por essa catástrofe. A gente fez essa recuperação de forma emergencial e logo vamos ter que revisar toda essa rede e colocar dentro de padrões elétricos.
JC - A Certel tinha a ideia de construir a hidrelétrica Bom Retiro, no rio Taquari, que tem um investimento estimado em cerca de R$ 250 milhões. Esse planejamento segue mantido?
Hennemann - Muda, muda a nossa visão. No próprio rio terá que ser feito um novo levantamento, uma batimetria (medição), porque mudou curso, altura, assoreamento. Isso tudo vamos ter que refazer e isso vai demandar tempo. Tudo de investimentos terá que ser revisado.

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