Apesar de executarem tarefas semelhantes, os assistentes virtuais de inteligência artificial (IA) não são iguais. Cada ferramenta se destaca em determinadas funções e escolher a opção mais adequada para cada usuário faz toda a diferença. O ChatGPT, da OpenAI, segue como a opção mais popular e versátil, sendo uma alternativa para quem busca escrita natural e criativa. O Gemini Google, por sua vez, aposta em uma experiência integrada e multimodal, combinando texto, imagem e vídeo de forma ágil e eficiente. O Claude.AI, da Anthropic, vem ganhando espaço pelo foco em segurança e controle de dados, enquanto o Perplexity AI é utilizado por usuários e pesquisadores que valorizam respostas atualizadas com base em fontes confiáveis.
Há ainda o DeepSeek, IA chinesa que tem como diferencial a precisão em análises técnicas, mas não realiza buscas em tempo real. Para completar, o Manus AI é voltado para tarefas multimodais complexas. Testamos as principais IAs do mercado com base em cinco critérios: qualidade das respostas, atualização, capacidades técnicas, usabilidade e segurança. A seguir, confira no que cada uma delas se saiu melhor.
ChatGPT, Claude, Gemini... Testamos as IAs mais populares e mostramos onde cada uma se destaca — Foto: Reprodução/Scalevise Gemini: integração com o ecossistema Google
Uma das vantagens do Gemini é a integração com outros serviços do Google, como o Gmail — Foto: Reprodução/Júlia Silveira O Gemini consegue processar e responder a partir de diferentes tipos de mídia (texto, imagem, vídeo e áudio), de forma ágil e integrada. A ferramenta também se destaca pela pesquisa online em tempo real, que garante informações mais atualizadas e contextualizadas. Outro ponto forte é a integração com os serviços do Google, como Gmail, Google Agenda, YouTube e Google Maps, o que permite realizar tarefas como marcar compromissos, assistir vídeos ou localizar endereços sem sair da própria plataforma. O Gemini também se destaca em relação à privacidade, já que se baseia na infraestrutura de segurança do Google. Isso reduz riscos de vazamento de dados e acesso indevido. No entanto, o excesso de filtros e bloqueios automáticos pode limitar o acesso a páginas legítimas.
A IA também pode deixar a desejar na produção e edição de textos, que soam menos naturais em comparação com ferramentas como o ChatGPT e o Claude AI. Além disso, a experiência de busca é mais “guiada”, com respostas prontas e menos liberdade para explorar links, o que pode frustrar usuários acostumados à navegação tradicional. Também há momentos de lentidão e falhas ocasionais em links identificados como “suspeitos”.
Pontos fortes: integração com serviços Google, suporte multimodal eficiente e atualizações constantes.
Pontos fracos: escrita menos natural e falhas na abertura de links legítimos.
Claude AI: segurança e "artefatos" criativos
Ferramenta "Artefatos" permite criar conteúdos interativos no Claude — Foto: Reprodução/Júlia Silveira Criado pela Anthropic, o Claude aposta em um modelo chamado “Constitutional AI”, desenvolvido para reduzir erros e evitar respostas problemáticas ou discriminatórias. Além de ser mais seguro, o chatbot também é capaz de ler documentos longos, planilhas e PDFs com eficiência, além de permitir personalização de tom e comportamento. Porém, a versão gratuita tem limitação de caracteres para prompts e documentos anexados. Um diferencial importante é a ferramenta de “Artefatos”, que reúne conteúdos interativos em uma área separada do chat. É possível criar e visualizar códigos, páginas, diagramas e documentos, com opção de edição e compartilhamento direto na plataforma. O usuário também pode explorar e remixar artefatos criados por outras pessoas. A interface é moderna e adaptada para cada tarefa, se destacando em relação a layouts mais monótonos, como os do ChatGPT e DeepSeek, por exemplo.
Por outro lado, embora consiga fazer buscas na web, a base de conhecimento confiável do Claude vai apenas até janeiro de 2025. Isso significa que a IA pode não reconhecer produtos, ferramentas ou eventos mais recentes. A versão gratuita ainda tem limitações de contexto: a IA não mantém memória entre conversas e cada chat começa do zero. Esse recurso só está disponível nas versões pagas e, mesmo assim, precisa ser ativado manualmente. Apesar de ter se destacado em um teste do The Washington Post por evitar “alucinações” (quando a IA inventa informações), o Claude pode perder dados do início da conversa em diálogos mais longos, o que afeta a precisão das respostas.
Pontos fortes: segurança, criação de artefatos e leitura de grandes documentos
Pontos fracos: limitações de contexto e memória na versão gratuita e base de dados apenas até janeiro de 2025
Perplexity: o buscador inteligente e transparente
Perplexity é recomendado para buscas mais aprofundadas e exibe lista de fontes de pesquisa — Foto: Reprodução/Júlia Silveira O Perplexity AI combina inteligência artificial e pesquisa em tempo real, oferecendo dados atualizados e com links verificados. É uma alternativa para jornalistas, pesquisadores e acadêmicos, já que possui um modo de busca específico para estudiosos e usuários que precisam de informações confiáveis e contextualizadas. A IA também é útil também para fazer consultas completas e checar fontes. A principal diferença do Perplexity em relação a outros chatbots é a transparência. A ferramenta exibe em forma de lista os sites e artigos usados como base para suas respostas, permitindo cruzar e verificar dados com apenas um clique.
Por outro lado, a ferramenta ainda é limitada para tarefas criativas ou conversas prolongadas. O Perplexity foi desenvolvido com foco em precisão e checagem de fatos e, por isso, tende a ser mais objetivo e direto. Além disso, ao contrário de modelos como o ChatGPT ou o Claude, que são capazes de produzir textos longos, com argumentação fluida, o Perplexity se destaca mais por suas respostas técnicas e pela confiabilidade das informações. A IA é mais recomendada para quem busca respostas rápidas e bem embasadas, mas pode não atender usuários que procuram textos criativos, narrativas ou análises mais subjetivas.
Pontos fortes: atualização constante e transparência nas fontes.
Pontos fracos: foco restrito a pesquisa, pouca criatividade.
DeepSeek: análises complexas e precisão técnica
DeepSeek se destaca por sua capacidade de síntese e objetividade técnica — Foto: Reprodução/Júlia Silveira O DeepSeek é uma IA de uso gratuito e ilimitado, desenvolvida sob o modelo open source. Programada com base em dados nos idiomas chinês e inglês, a ferramenta oferece respostas mais consistentes nessas línguas, mas mantém um bom desempenho em português. Seu maior destaque está na análise e resumo de documentos longos e complexos, como livros e artigos científicos, sendo eficiente em tarefas que exigem interpretação técnica e precisão de dados. Assim como modelos mais avançados, como ChatGPT e Manus AI, o DeepSeek é capaz de explicar seu processo de raciocínio, o que contribui para a transparência e verificação das respostas. Embora tenha recebido atualizações para aprimorar a escrita criativa e a geração de códigos, seu ponto forte continua sendo o desempenho em testes de matemática, lógica e programação, áreas em que supera grande parte dos concorrentes.
Por outro lado, o DeepSeek também tem limitações. Em alguns casos, as respostas podem ser curtas demais ou muito técnicas, deixando de oferecer explicações completas ou com mais contexto. A ferramenta prioriza a velocidade e a precisão, mas acaba perdendo naturalidade em respostas que exigem mais desenvolvimento. A interface ainda não é tão intuitiva e pode confundir novos usuários, especialmente quem está acostumado com plataformas mais simples. Além disso, usuários ainda enfrentam instabilidades ocasionais, como mensagens de servidor ocupado, demora no carregamento e dificuldades para fazer login em horários de pico. Já no quesito segurança, assim como vários outros modelos, o sistema ainda precisa de políticas de privacidade mais transparentes.
Pontos fortes: precisão técnica e capacidade de processar grandes dados.
Pontos fracos: interface menos amigável e foco restrito a usos acadêmicos.
Manus AI: raciocínio avançado e execução de tarefas
Manus apresenta planos de trabalho dividido em etapas e subtarefas — Foto: Reprodução/Júlia Silveira Diferentemente de outros modelos de IA voltados para conversação e produção de texto, o Manus AI foca na execução de tarefas complexas e automação de fluxos de trabalho. Assim como o Gemini, a plataforma se destaca pela capacidade multimodal, combinando texto e imagem em diferentes etapas sem perder o contexto da interação. Por isso, pode ser uma boa opção para quem precisa desenvolver planos de estudo, projetos ou estratégias de trabalho. Ao receber uma solicitação complexa, como criar um site, por exemplo, o Manus não responde imediatamente. A IA divide o pedido em um plano, com fases e subtarefas definidas, e aciona automaticamente as ferramentas mais adequadas, como pesquisa na web, execução de códigos, geração de imagens, vídeos, áudios ou apresentações, que são visualmente mais elaboradas do que as produzidas por modelos tradicionais, como o ChatGPT. Outro diferencial é a comunidade de prompts compartilhados, que permite visualizar e adaptar comandos criados por outros usuários.
No entanto, a plataforma ainda está em desenvolvimento e a usabilidade é um ponto a ser aprimorado. Além disso, a interface e o funcionamento mais holístico podem parecer pouco intuitivos para iniciantes. Outra desvantagem da ferramenta é que o tempo de resposta é maior devido ao processo de planejamento detalhado. Por isso, se o objetivo for realizar pesquisas rápidas ou manter conversas curtas, o Manus pode não ser a melhor escolha. A IA se conecta a diferentes ferramentas e fontes da web para executar tarefas, mas ainda depende de serviços de terceiros, o que pode influenciar a precisão e atualização das informações. Como a plataforma está em fase de desenvolvimento, as regras de segurança e privacidade ainda estão sendo aprimoradas.
Pontos fortes: raciocínio estruturado e planejamento.
Pontos fracos: pouca fluidez e interface técnica.
Não existe uma única resposta para essa pergunta. Cada ferramenta é mais adequada a um tipo de uso, tarefa ou perfil de usuário. O ChatGPT continua sendo o mais indicado para criar e revisar textos, enquanto o Gemini é a melhor escolha para quem está inserido no ecossistema Google. Já o Claude é o preferido de empresas que priorizam segurança e controle de dados e o Perplexity AI se destaca entre os que buscam informações confiáveis e rastreáveis em tempo real. O DeepSeek, por sua vez, é mais útil para análises técnicas e científicas e o Manus AI se diferencia pela execução de tarefas complexas e automação de processos.
A tendência é que essas inteligências artificiais se complementem ao invés de disputarem espaço entre si. Modelos como ChatGPT, Gemini Google, Claude AI e DeepSeek se destacam em pensar e responder, entregando soluções textuais de mais qualidade. Já o Manus AI se especializa em agir e executar, transformando os objetivos do usuário em resultados práticos dentro do ambiente de trabalho. Cabe a cada pessoa definir objetivos e escolher a IA que melhor se encaixa em suas demandas, rotina e estilo de uso.
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3 jeitos de fazer o ChatGPT trabalhar para você — e virar o funcionário do mês

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