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China acusa governo de Trump de 'bullying' no Conselho de Segurança da ONU

No documento, o governo chinês acusa os Estados Unidos de intimidar e "lançar uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento" ao usar tarifas como armas:

"Todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, são vítimas de unilateralismo e práticas de bullying. Ao usar tarifas como arma de extrema pressão, os EUA violaram gravemente as regras do comércio internacional e provocaram choques e turbulências severos na economia mundial e no sistema de comércio multilateral, lançando uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento".

Segundo a agência de notícias Reuters, a missão dos EUA nas Nações Unidas encaminhou um pedido de comentário sobre a reunião planejada pela China ao Departamento de Estado, mas ainda não obteve resposta.

Mais cedo, nesta quarta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Li Jian, afirmou que os Estados Unidos deveriam interromper sua prática de "pressão máxima" e desistir de ameaças e chantagens se realmente quiserem dialogar e negociar com o país asiático para evitar a crescente guerra tarifária.

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China — Foto: Reuters

"A bola está com a China. A China que precisa fazer um acordo conosco. Nós não precisamos fazer um acordo com eles", afirmou Trump, segundo a porta-voz.

"Não há diferença entre a China e qualquer outro país, exceto pelo fato de que eles são muito maiores — e a China quer o que nós temos... o consumidor americano."

Em resposta à Casa Branca, o porta-voz chinês relembrou que a guerra tarifária foi iniciada pelos EUA, não pela China.

"A China não quer uma briga, mas também não tem medo de uma", disse Li Jian.

Nas últimas semanas, China e EUA têm travado uma guerra comercial. No início deste mês, Trump anunciou um "tarifaço" contra produtos chineses e de vários outros países.

Uma semana depois, as tarifas foram reduzidas por um prazo de 90 dias para negociações. No entanto, os EUA mantiveram e até mesmo ampliaram as taxas para os produtos da China. O governo chinês retaliou as medidas taxando produtos americanos.

Atualmente, a taxa aplicada pelos EUA a produtos chineses é de até 245%. A exceção é para produtos eletrônicos, como smartphones e laptops. Já a China está taxando em 125% os produtos americanos.

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