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China faz apelo e Rússia protesta após Trump ordenar retomada de testes com armas nucleares

Já a Rússia protestou e disse que não foi avisada com antecedência da decisão de Trump, além de ter ameaçado abandonar proibições globais contra testes nucleares. O governo russo também negou que dois exercícios realizados nos últimos dias com armamentos nucleares tenham sido testes nucleares.

“A China espera que os Estados Unidos cumpram de forma responsável as obrigações do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e seu compromisso com a proibição dos testes, adotem ações concretas para proteger o sistema global de desarmamento e não proliferação nuclear e mantenham o equilíbrio e a estabilidade estratégica global”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun.

As reações chinesa e russa ocorreram horas após Trump ter dito em sua rede social que ordenou testes das armas nucleares americanas e culpou sua decisão por testes realizados por outros países. O último teste nuclear realizado pelos EUA foi em 1992. O presidente americano não citou nominalmente outros países, porém a Rússia e a Coreia do Norte tem realizado testes rotineiros com armamentos capazes de carregar ogivas nucleares. (Leia mais abaixo)

O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), citado pelo governo chinês, é um tratado global que proíbe os testes de armas nucleares e foi assinado em 1996 por 186 países, incluindo todas as potências nucleares à época: EUA, Rússia, Reino Unido, França e China. A Coreia do Norte não é signatária.

Perguntado em coletiva nesta quinta sobre a decisão de Trump, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que não tem conhecimento de nenhum teste de arma nuclear e disse que "o Burevestnik e o Poseidon não foram testes nucleares russos". "Putin afirmou que, se qualquer potência abandonar a moratória, a Rússia também o fará", afirmou Peskov.

Os Estados Unidos e a Rússia são as duas maiores potências nucleares do mundo e têm mais de cinco mil ogivas nucleares cada, segundo dados divulgados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) em janeiro deste ano.

A China está expandindo rapidamente seu arsenal e dobrou seu arsenal nuclear, de 300 ogivas para 600, nos últimos cinco anos, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), um think tank americano especializado em guerra. A expectativa é que o país ultrapasse as mil armas nucleares até 2030. Trump disse acreditar que o programa nuclear chinês estará parelho com o americano dentro de 5 anos.

Trump retoma testes nucleares

Trump dá entrevista a bordo do Air Force One antes de chegar à Malásia, neste sábado (25). — Foto: Evelyn Hockstein/Reuters

"Os Estados Unidos têm mais armas nucleares do que qualquer outro país. Isso foi alcançado, incluindo uma atualização e renovação completa das armas existentes, durante o meu primeiro mandato. Devido ao imenso poder destrutivo, ODIEI fazer isso, mas não tive escolha! A Rússia está em segundo lugar, e a China vem bem atrás, mas estará em pé de igualdade dentro de cinco anos", afirmou em uma rede social.

"Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento da Guerra a começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de condições. Esse processo terá início imediatamente", concluiu.
"Poseidon é único em sua velocidade e profundidade de movimento. Não pode ser interceptado", disse Putin.

Autoridades dos Estados Unidos e da Rússia descreveram o Poseidon como uma nova categoria de arma de retaliação, capaz de gerar ondas radioativas no oceano para tornar cidades costeiras inabitáveis.

Segundo os EUA, a China mais do que dobrou o tamanho de seu arsenal nos últimos anos. Um desfile do Dia da Vitória em setembro exibiu cinco capacidades nucleares capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos.

Ainda de acordo com a Reuters, testes como esses fornecem evidências sobre o que qualquer nova arma nuclear é capaz de fazer — e se as armas mais antigas ainda funcionam.

Além de oferecer dados técnicos, o experimento seria visto na Rússia e na China como uma afirmação deliberada do poder estratégico dos Estados Unidos.

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