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Cinco novos suspeitos de participar de roubo no Louvre são presos em Paris

“Ele já estava no nosso radar”, disse Beccuau sobre o principal suspeito.

Os dois suspeitos presos no último sábado (25) foram formalmente acusados ​​na noite de quarta-feira (29) por roubo organizado e associação criminosa, e colocados em prisão preventiva. No entanto, as joias continuam desaparecidas.

Ainda não há mais detalhes do envolvimento dos últimos cinco presos no crime.

Esta reportagem está em atualização.

A polícia de Paris anunciou nesta quarta-feira (29) que os dois suspeitos presos no sábado (25) por suspeita de envolvimento no roubo histórico do Louvre estão entre os que invadiram o museu. As oito joias da coroa francesa roubadas ainda não foram recuperadas, admitiu a promotora Laure Beccuau.

Segundo a promotora, a polícia encontrou DNA de ambos os suspeitos na cena do crime —de um deles em uma das scooters utilizadas na fuga, e de outro na câmara de vidro que guardava as joias e foi quebrada durante o roubo. As prisões ocorreram no fim de semana e os homens admitiram estar "parcialmente envolvidos" no crime, afirmou Beccuau, sem dar mais detalhes sobre o que isso significa.

“As joias, enquanto falo com vocês agora, ainda não estão em nossa posse. Quero manter a esperança de que serão recuperadas e possam ser devolvidas ao Museu do Louvre e, de forma mais ampla, à nação. Essas joias são agora, obviamente, invendáveis —apenas para reiterar, caso fosse necessário, qualquer pessoa que as compre estará cometendo o crime de receptação. Ainda há tempo para devolvê-las”, afirmou Beccuau em coletiva de imprensa.

Segundo a promotora Beccuau, os dois homens serão indiciados pelo crime de roubo por quadrilha organizada, punível com até 15 anos de prisão pela lei francesa. Beccuau disse ainda que não pode descartar, até o momento, o envolvimento de mais pessoas além dos quatro suspeitos flagrados em vídeos do crime que circulam nas redes sociais.

Foto mostra janela por onde entraram os ladrões do Museu do Louvre — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

O museu, um dos mais famosos e o mais visitado do mundo, ficou fechado durante três dias por conta do roubo, e reabriu para visitantes na última quarta-feira com segurança reforçada e armada e muitos turistas. Por conta do roubo, o governo francês mandou reforçar a segurança nos arredores de museus e instituições culturais pelo país.

O roubo gerou indignação por toda a França e expôs políticos, autoridades do governo e ligadas ao museu. Os ministérios da Cultura e do Interior realizaram reuniões de emergência no início desta semana para discutir a situação.

Louvre reabre pela primeira vez desde o roubo de joias

Louvre reabre pela primeira vez desde o roubo de joias

Visitantes fazem fila em 22 de outubro de 2025, dia da reabertura do Museu do Louvre após roubo de joias — Foto: Thibaud Moritz/AFP

Roubo cinematográfico no Louvre

 vídeo de brasileira registra pancadas dos ladrões na janela do Museu do Louvre

Exclusivo: vídeo de brasileira registra pancadas dos ladrões na janela do Museu do Louvre

A invasão ocorreu por volta de 9h30 (madrugada no Brasil), cerca de 30 minutos após a abertura do museu.

Segundo as autoridades francesas, ao menos quatro suspeitos participaram do roubo. Dois invadiram o Louvre pela fachada voltada para o Rio Sena usando um guindaste acoplado a um caminhão e arrombaram uma janela. O veículo estava estacionado ao lado do museu.

Dentro da Galeria de Apolo, os ladrões quebraram as vitrines para pegar as joias. Depois, fugiram de moto com os comparsas.

Nove peças foram levadas, segundo o Ministério Público da França, mas uma delas já foi recuperada, após ser encontrada danificada em uma rua próxima ao museu.

Coroa da imperatriz francesa Eugênia, uma das peças roubadas do museu do Louvre em 19 de outubro de 2025 — Foto: Museu do Louvre/Divulgação

  • Coroa com safiras e quase 2.000 diamantes.
  • Colar com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes da rainha consorte Maria Amélia.
  • Colar e brincos da imperadora Maria Luisa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte, com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes.
  • Broche com 2.634 diamantes da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, adquirido pelo Louvre em 2008 por € 6,72 milhões - cerca de R$ 42,2 milhões.

Colar e brincos da imperatriz francesa Maria Luisa, que está entre as peças roubadas por ladrões do museu do Louvre, em Paris, em 19 de outubro de 2025. — Foto: Divulgação/ Museu do Louvre

O item mais caro da coleção não foi levado. É o diamante Regent, de 140 quilates, avaliado em US$ 60 milhões (cerca de R$ 377 milhões), segundo estimativas da casa de leilões Sotheby's.

Mona Lisa, obra mais famosa do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Julia Demaree Nikhinson/AP

O museu recebeu quase nove milhões de visitantes no ano passado, sendo 80% estrangeiros.

A estrela maior do Louvre é a Mona Lisa, obra de arte mais famosa do mundo. O enigmático retrato foi pintado por Leonardo da Vinci, gênio do Renascimento italiano.

A Mona Lisa atrai cerca de 20 mil pessoas diariamente à Salle des États, a maior sala do museu.

Em 1911, a tela pintada por Da Vinci no século XVI desapareceu de sua moldura, roubada por Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário que se escondeu dentro do museu e saiu com a obra debaixo do casaco. A Mona Lisa foi recuperada dois anos depois, em Florença.

Também estão entre as principais obras a Vênus de Milo, O casamento em Caná e a Vitória de Samotrácia.

Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris — Foto: Arte/g1

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