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Ciro Gomes, 'Game of SC', VTNC: quem disse o que nas brigas internas do bolsonarismo em 2025

Jorge discutiu com Ana, que brigou com Carlos, que reclamou de Michelle, que rebateu Eduardo, que atacou Ciro, Jair, Nikolas, Tarcísio e Valdemar.

Não param por aí as brigas do bolsonarismo em 2025, num momento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não anunciou seu candidato à Presidência e cumpre pena de 27 anos de prisão por golpe de Estado.

No episódio mais recente, Michelle e os filhos do ex-presidente proferiram críticas públicas em razão de aliança com Ciro Gomes (PSDB) no Ceará.

Mas as desavenças se estendem a outros estados e a temas como o protagonismo dentro da direita, a derrota eleitoral em 2022 e a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos.

O parlamentar, aliás, tem sido o pivô de muitas das discussões. Ele busca se projetar como líder de um braço mais ideológico do bolsonarismo, com discurso que rejeita acordos e dispensa alianças políticas com o centrão.

Não que rompimentos, brigas e acusações mútuas de traição sejam novidades no grupo. Muitas vezes em público, via redes sociais, elas acontecem desde que Bolsonaro subiu a rampa do Palácio do Planalto, em 2019.

Para aliados, porém, a fragmentação do grupo se agravou com a indefinição do candidato presidencial e o isolamento do ex-presidente a partir do momento em que ele passou a cumprir prisão domiciliar, em agosto deste ano, e enfrentar dificuldade para arbitrar a desavenças.

Veja quem é quem nos embates do bolsonarismo em 2025.

MICHELLE BOLSONARO (PL-DF)

A ex-primeira-dama venceu briga interna após criticar a aliança com Ciro Gomes no Ceará. Depois de reprimendas de seus enteados, ela manteve a posição e conseguiu que o acordo fosse suspenso.

ANDRÉ FERNANDES (PL-CE)

Contrariado, o deputado federal disse que o acordo com Ciro teve o aval de Jair Bolsonaro (PL).

"Já que a esposa do ex-presidente Bolsonaro diz publicamente que foi precipitada essa aliança, então foi uma aliança precipitada do marido dela", declarou.

FLÁVIO BOLSONARO (PL-RJ)

O senador criticou a ex-primeira-dama pelas críticas à aliança com Ciro e afirmou que ela agiu de maneira autoritária e constrangedora no ato político em Fortaleza. No dia seguinte, após visitar o pai na prisão, pediu desculpas à madrasta.

EDUARDO BOLSONARO (PL-SP)

O deputado saiu em defesa de Flávio após o irmão criticar Michelle e disse que "André não poderia ser criticado por obedecer ao líder".

Foi leve perto do que falou sobre aliados como:

  • Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)

"Tarcísio nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026", disse Eduardo ao pai em mensagem revelada pela Polícia Federal.

Depois, quando o governador se reuniu com encarregado de negócios sobre o tarifaço imposto pelos EUA, Eduardo voltou a se queixar: "É um desrespeito comigo."

  • Seu próprio pai

"VTNC SEU INGRATO DO CARALHO'!, escreveu o deputado a Bolsonaro, em julho, usando a sigla que significa "vai tomar no c...", segundo a mesma leva de mensagens reveladas pela PF.

A irritação se deu devido a entrevista na qual o ex-presidente o chamou de imaturo por suas divergências com Tarcísio.

  • Nikolas Ferreira (PL-MG)

triste ver a que ponto o Nikolas chegou", comentou Eduardo em uma publicação na qual o blogueiro Allan dos Santos criticava a aproximação do deputado mineiro com uma mulher que se apresenta como ex-bolsonarista.

Eduardo já havia feito declaração pública em que chamava a atenção do parlamentar e dizia que esperava dele mais apoio à sua atuação nos EUA.

  • Ciro Nogueira (PP-PI)

Após o senador e ex-ministro de Bolsonaro dizer que a atuação de Eduardo nos EUA trouxe um "prejuízo muito grande" para a direita, o deputado afirmou que a diferença entre eles era que ele estaria disposto a "sacrificar" os seus interesses pessoais pelo Brasil.

  • Valdemar Costa Neto

"Dizer que um filho ajudaria matar o próprio pai, se ele não aceitar as chantagens que até seus aliados mais próximos estão fazendo com ele, é de uma canalhice que não esperava nem mesmo de você, Valdemar", disse Eduardo após o presidente do PL afirmar que o deputado mataria o pai caso lançasse por conta própria uma candidatura à Presidência.

VALDEMAR

O dirigente do PL foi dos poucos a responder Eduardo nos mesmos termos: "Canalhice é xingar o próprio pai e pensar que tem votos. Os votos são do seu pai, não seus."

SILAS MALAFAIA

Foi o pastor, aliado de primeira hora de Bolsonaro, o único que criticou Eduardo e não levou o troco.

Após ser chamado de babaca, segundo as mensagens reveladas pela PF, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gravou um vídeo em tom amigável e afirmou que é aliado do religioso.

CARLOS BOLSONARO (PL-RJ)

Outrora o filho de Bolsonaro mais belicoso nas redes sociais, o vereador perdeu o posto para Eduardo, mas também se envolveu em brigas internas em 2025.

Além de endossar o posicionamento de Flávio sobre Michelle quanto à aliança com Ciro Gomes, Carlos esteve no centro de embate ligado à chapa para o Senado em Santa Catarina, ao ter seu nome imposto pelo pai.

ANA CAMPAGNOLO (PL-SC)

Em novembro, a deputada estadual de Santa Catarina reclamou que Carol de Toni (PL), deputada federal, estava sendo rifada na montagem da chapa ao Senado para abrir uma vaga para Carlos.

Eduardo classificou as declarações dela como "totalmente inaceitáveis" na forma e no conteúdo. A deputada, então, retrucou: "Você contrariou seu pai quando foi ventilada a hipótese dele lançar o Tarcísio à Presidência. E talvez ele lance. Como vai ser? Por que você pode manifestar sua contrariedade e os outros aliados não?".

JORGE SEIF (PL-SC)

O senador tomou partido de Carlos na briga contra Campagnolo. "Vem uma deputada estadual, que não era nada até ontem, era professora, e agora está se achando líder da direita em Santa Catarina, falando mal do filho do presidente Bolsonaro", disse. Ele depois divulgou nota para dizer que tem muito respeito pela profissão de professor.

RAFAEL TAMBOZI (PL-SC)

Em vídeo postado de dentro de um curral, o prefeito de Pouso Redondo (SC) citou a imposição de Carlos para o Senado e afirmou: "A gente gosta do nosso gadinho, trata bem os nossos bichinhos, mas o povo de Santa Catarina não é gado."

JULIA ZANATTA (PL-SC)

Em meio à briga, a deputada postou uma foto com armas atrás e analogia com a sangrenta série "Game of Thrones": "Game of Santa Catarina", escreveu.

GILSON MACHADO E ANDERSON FERREIRA

Em Pernambuco, Bolsonaro escolheu como candidato ao Senado o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), mas Anderson Ferreira, ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, também pretende disputar. Em mensagem enviada a aliados há duas semanas, Gilson disse que pode mudar de partido.

CLÁUDIO CASTRO E CARLOS PORTINHO

No Rio de Janeiro, a segunda vaga para o Senado é disputada internamente pelo governador Cláudio Castro e pelo senador Carlos Portinho.

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